Linfoma: descoberta precoce do câncer que afeta defesa do organismo pode salvar vidas

Flávia Ivo
fivo@hojeemdia.com.br
20/08/2018 às 06:00.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:59
 (Pixabay/Divulgação)

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Tipo de câncer comum na meia-idade, especialmente entre 50 e 65 anos, o linfoma compromete o sistema responsável por proteger o organismo e combater infecções. No mês de agosto, a sociedade médica lembra a importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença. Levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima mais de 10 mil novos casos no país em 2018.

A divisão dos linfomas é feita entre Hodgkin e não-Hodgkin, dependendo da forma como os gânglios – presentes em pescoço, axilas e virilha – ou células linfáticas irão reagir. Vale ressaltar que outros órgãos também podem ser acometidos por linfoma como baço ou fígado.

De acordo com Guilherme Muzzi, hematologista do Hospital Felício Rocho, como este é um câncer que atinge diretamente o sistema imunológico, quanto mais precoce for encontrada a doença, maior é a chance de cura. 

“É preciso estar atento a sinais como o crescimento desses gânglios, febre constante e fadiga sem explicação e a perda importante de peso. Adotar uma vida saudável, abandonando o tabagismo, praticando atividade física e tendo uma alimentação balanceada são formas de prevenção”, descreve o especialista.

Especificação

A única maneira de diferenciar um linfoma do outro é por meio de biópsia. Dentro dos não-Hodgkin, por exemplo, estão vários subtipos, afirma o professor da UFMG e diretor da Personal Oncologia de Precisão e Personalizada, André Murad.

“Há subclasses que acontecem em crianças e pessoas mais jovens, e outras em adultos mais velhos. Por biópsia, conseguimos inclusive saber o estágio do tumor”, explica o oncologista.

Os linfomas ocupam o 11º lugar no ranking do Inca e são cânceres amplamente curáveis, apontam os especialistas. A taxa pode chegar a 90% no caso de alguns subtipos de não-Hodgkin.

“O tratamento é feito basicamente com quimio e radioterapia e outra modalidade, mais nova, que é a imunoterapia. Em casos que isso não funciona, podemos lançar mão do transplante de medula óssea”, destaca o hematologista Guilherme Muzzi.

As tecnologias disponíveis atualmente, que permitem o reconhecimento mais preciso do tumor, auxiliam enormemente os médicos, expõe o oncologista André Murad.

“Hoje, o tratamento é feito de forma personalizada, uma oncologia de precisão. Há exames e também terapia genética. Ainda, é possível retirar o linfoma e estudar a célula para selecionar as drogas necessárias”, esclarece o médico.Editoria de Arte

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