(Eugênio Moraes/Hoje em Dia)
Enfeitadas de lacinhos e babados, as Lolitas foram uma das atrações do Festival do Japão em Minas, rivalizando apenas com as participantes do concurso que elegerá a Miss Nikei Minas Gerais na noite deste sábado, no Expominas, em Belo Horizonte. Na programação, que atraiu milhares de pessoas foram atraídas pela programação do evento, que incluiu apresentações culturais e oficinas de arte. A quarta edição do festival, começou na sexta-feira e termina neste domingo.
Uma das organizadoras do festival, Yukari Hamada afirma que o evento é um sucesso de público porque Minas Gerais "tem muita similaridade" com o seu país de origem. "O Japão fica entre mares; Minas Gerais, entre montanhas. São povos que respeitam o limite, valorizam a amizade". Yukari faz questão de esclarecer que a gheisha é um termo japonês que significa artista, versada em várias artes. São mulheres com formação em diferentes artes da cultura tradicional japonesa, vocacionadas para o entretenimento. Estão sempre cuidados com o modo de se vestirem, de se penterarem e de se pintarem.
De acordo com Yukari, mais de quatro mil pessoas participaram das oficinas oferecidas nos dois primeiros dias do festival. São oito modalidades de oficinas, gratuitas, relacionadas à cultura tradicional do Japão, dentre elas a de zazen (meditação), de pipamodelismo, furoshiki, oshi-ê, mangá e kirigami. Outras atrações do festival são a cerimônia do chá, considerada uma síntese de todas as manuifestações culturais do Japão, onde se encontram os conceitos contemplativos e meditativos do zen. "Em resumo, todas as artes do Japão buscam a serenidade", afirma.
Ela destaca que há uma integração entre a Polícia Militar do Estado e a polícia japonesa, por meio do sistema Koban, que defende uma polícia próxima da comunidade. "É uma oportunidade de conhecer um pouco da cultura de cada país. Policiais mineiros vão ao Japão e peritos japoneses vêm a Minas Gerais".
O festival também promoveu, em parceria com o Senac, cursos de culinária japonesa. Apresentações de danças coreanas e japonesas, tarde game e karaokê foram outras atrações. Pelo circuito saúde e bem-estar do festival, em parceria com o Sesi, 108 pessoas mediram a pressão arterial, peso, altura e receberam massagem no período da manhã deste sábado.
Haverá ainda sorteio de duas passagens para o Japão e oferta de duas bolsas de estudo naquele país.
Nas barracas, além de mangás, estão à venda livros e revistas do capitão América, do Homem de Ferrro e da Turma da Mônica; bolsas de tecido com
estampas da Minie e outros personagens da Disneyworld.
MODA LOLITA
A moda Lolita, nascida no Japão, ganhou adeptas na Europa e Estados Unidos. Em Belo Horizonte, as Lolitas surgiram em 2005. Com 30 membros ativos e mais de 70 simpatizantes, a comunidade Lolita de BH promove encontros e almoços entre as meninas, em datas como a Páscoa, Natal, Ano Novo e Dia das Bruxas. "Tem moda Lolita para os meninos também", diz a artista plástica Cecília Costin, que desde 2009 uniu-se ao grupo de lolitas. "A mais jovem tem 14 anos e a mais velha é mãe de duas crianças", informa.
Lolita é um estilo japonês de moda surgido em fins da década de 70 e começo da década de 80. Inspiradas em parte na cultura 'kawaii' (fofa ou adorável) japonesa e na nostalgia de outros tempos - sejam períodos históricos (vitoriano ou rococó) ou simplesmente da própria infância - as lolitas se dividem em vários sub-estilos. A intenção é parecer infantil, elegante ou modesta, evitando uma imagem adulta, sexualizada ou vulgar.
Saias rodadas no comprimento do joelho, em forma de sino e suportadas por anáguas,renda de boa qualidade (geralmente algodão), decote alto, cabelos cacheados e/ou acompanhados a uma franja reta e tecidos pouco brilhantes são comuns a todos os estilos.