Mãe de Eliza Samúdio quer pensão retroativa; valor cobrado deve ser de pelo menos R$ 1 mi

Tatiana Lagôa
tlagoa@hojeemdia.com.br
04/03/2017 às 06:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:48

Uma batalha judicial está sendo travada em torno da pensão alimentícia do filho de Eliza Samúdio. Na próxima semana, Maria Lúcia Borges Gomes, advogada da avó materna de Bruninho, entrará com um novo pedido na Justiça para cobrar os R$ 22 mil mensais referentes à pensão, mais os retroativos.

Os valores envolvidos no processo não foram revelados. Mas, levando em conta o reconhecimento da paternidade do menino como filho do goleiro Bruno – dado pela Justiça em 12 de julho de 2012 – e o valor fixado da prestação mensal, a dívida até aqui seria de R$ 1,166 milhão. Isso no caso de o juiz acatar o pedido de pagamento dos anos anteriores. 

No entanto, a cifra pode ganhar um “desconto”, já que uma parte do dinheiro resultante da venda do sítio do goleiro, em Esmeraldas, na Grande BH, foi destinada à criança. 

O total entregue à mãe de Eliza, Sônia Moura, responsável por Bruninho, não foi divulgado. Na época, o local teria sido vendido por valores próximos a R$ 400 mil, metade do valor real da propriedade, que seria de R$ 800 mil. “Não posso dar esse nível de detalhamento, mas é muito dinheiro envolvido no processo”, afirma a advogada. 

Entre os nove times que estão negociando o passe do goleiro estaria o Bangu, do Rio de Janeiro, segundo um dos advogados do atleta, Luan Veloso Coutinho; nenhum integrante da diretoria do clube foi encontrado para comentar

Recurso

De acordo com Maria Lúcia, já existe uma ação de execução no Rio de Janeiro exigindo o pagamento da pensão. “Quando há uma notificação para pagamento de pensão, é fixado um prazo para a quitação. Se não é cumprido, pode ser decretada a prisão. Como ele já estava preso, não deu em nada”, conta.

Agora, ela irá recorrer à Justiça do Mato Grosso do Sul, onde o menino vive com a avó. “Vou distribuir, nos próximos dias, o processo de execução de alimentos com a atualização dos últimos 90 dias que não estão no processo do Rio de Janeiro”, afirma. 

Conforme a advogada, caso a Justiça determine pelo pagamento do valor, é dado um novo prazo. Se não houver a quitação, Bruno pode inclusive ser preso.

Possibilidade negada pelo advogado do goleiro, Lúcio Adolfo. “É um absurdo. Ele estava preso e, portanto, impossibilitado de pagar. Um juiz jamais cobraria o retroativo”, garante. 

Revisão

Bruno pedirá a revisão do valor, uma vez que está desempregado. “Ele não ganha mais R$ 150 mil. A pensão tem que ser compatível com a nova realidade financeira dele”, afirma. Quanto ao exame de DNA, que também será pedido, só será feito se determinado pela Justiça, segundo Maria Lúcia.

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