Mãe que doou filho de dois meses quer impedir que bebê seja exibido pelo pai

Tabata Martins - Hoje em Dia
04/12/2013 às 13:59.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:33
 (Facebook/Reprodução)

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A mãe que doou o filho de dois meses e ainda forjou o sequestro da criança quer impedir que o bebê seja exibido pelo pai em qualquer meio de comunicação. Para isso, a advogada de Renata Soares da Costa, de 19 anos, irá entrar com pedido de intervenção do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) no caso. "Irei fazer esse pedido ao MP o mais rápido possível. O que queremos é que o órgão siga o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o que já deveria ter sido feito em casos com esses", explica Claudinéia de Souza.   De acordo com a defensora, desde que foi solta, Renata está hospedada na casa de amigos dela, na capital mineira, e sofre com a falta da criança. "Ela está muito abalada emocionalmente devido à falta do bebê. Assim, está sendo atendida pela equipe multidisciplinar do Tribunal de Justiça", diz.   Mesmo depois de ter doado o bebê, Renata vai lutar pela guarda do filho, que está com o pai, Johney Lima Santos Nulhia, de 24 anos. O jovem não sabia da doação e ou falso sequestro inventado pela, agora, ex-mulher. "Uma cautelar foi registrada e o que a minha cliente quer é a guarda compartilhada da criança", explica a advogada.   Entenda o caso
 
A história da família foi parar na polícia e nos jornais no dia 23 de novembro deste ano. Renata saiu de sua casa, em Contagem, na Grande BH, para ir ao Centro de Belo Horizonte. Aos policiais, ela relatou que foi abordada por dois chineses e um homem armado, que a ameaçou e roubou o bebê de seus braços.
 
A Polícia Civil do Rio de Janeiro localizou o menino com um casal de adolescentes no bairro Vila Valqueire. Em depoimento, eles confirmaram que a jovem o doou, depois de vários contatos pela internet.
 
Renata chegou a ser presa no Complexo Feminino Estevão Pinto, em BH, mas foi solta beneficiada por habeas corpus.   Se ficar comprovado que houve a entrega da criança em troca de dinheiro, Renata pode ficar presa por até 7 anos. O casal do Rio de Janeiro que recebeu a criança também está sob investigação.

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