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Um médico ginecologista de Belo Horizonte causou polêmica nas redes sociais com postagens vistas como machistas por muitos internautas. Após a avalanche de críticas recebidas, Igor Aquino Moreira apagou a conta que tinha no Facebook e escreveu uma carta pedindo desculpas pelos comentários desrespeitosos.
Moreira é plantonista no Hospital Metropolitano Odilon Behrens e a direção da unidade de saúde afirma que está atenta ao caso e tomará todas as medidas legais cabíveis após apuração do mesmo. A direção diz ainda que repudia qualquer ato de desrespeito, preconceito e incitação à violência. Ele também atua como tenente da Polícia Militar. A corporação informa que não coaduna com comportamentos discriminatórios, ofensivos e desrespeitosos e que a unidade responsável pelo militar apura o caso.
Em uma das postagens feitas no Facebook, o médico afirma que “as mulheres brasileiras de bem, aquelas que não foram vítimas de violência sexual, aquelas que não foram agredidas ou abandonadas pelo pai, aquelas que não foram agredidas pelo marido, aquelas que não têm filho bandido nem filha aborteira, irão votar no Bolsonaro”.
Em outro texto, o médico fala sobre “residentes fedidas e nojentas que ficam vomitando besteira sobre o feminismo”. Diz ainda que “pais feios produzem feministas ou viradinhos enrustidos”. Veja as postagens:Reprodução / N/AReprodução / N/A
Em contato pelo WhatsApp, Igor Aquino Moreira afirmou ter sido "motivado por um xingamento que recebi quando foi insinuado que todo eleitor do (Jair) Bolsonaro era nazista. Respondi nas redes sociais no calor do momento, mas definitivamente os meus posts não se coadunam com o que realmente penso e com as minhas condutas dentro do ambiente hospitalar".
Ele ainda escreveu uma carta, em que pede desculpas pelos comentários desrespeitosos sobre as mulheres. Afirmou ter reagido a comentários desrespeitosos feitos por internautas desde que passou a declarar seu posicionamento político à direita e o voto a Bolsonaro.
O médico afirmou ainda que as opiniões se restringem à vida particular e as preferências políticas nunca interferiram em sua atuação profissional. Lembra que nunca recebeu reclamação formal de uma paciente. Veja a carta:Enviada pelo WhatsApp / N/A
A reportagem também procurou pelo Conselho Regional de Medicina, mas ainda não obteve retorno. A reportagem também ligou para a assessoria do candidato Jair Bolsonaro, que não atendeu as ligações.