Os médicos da rede pública de Belo Horizonte, que nesta quarta-feira (24) fizeram o segundo dia de paralisação do mês, decidiram suspender o protesto pelo menos até 18 de agosto. A decisão foi tomada durante assembleia realizada pela categoria nesta noite. Conforme o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), os trabalhadores resolveram aguardar até a data para decidir os rumos do protesto. No dia 18 de agosto, os profissionais irão participar de um seminário que vai discutir a atuação e importância do médico no sistema de saúde da capital. Após o seminário, a categoria irá realizar nova assembleia. Na paralisação realizada nesta quarta-feira, que será encerrada às 7 horas de quinta-feira (25), o Sinmed/MG acredita que cerca de 75% dos médicos aderiram ao movimento, o que impediu o atendimento nos postos de saúde da cidade. "Apenas o Hospital Odilon Behrens e as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) devem manter uma escala mínima, para os casos agudos", informou a assessoria da entidade. A Secretaria Municipal de Saúde não divulgou balanço sobre a greve. Os médicos reivindicam reajuste salarial. Além disso, eles mostram-se insatisfeitos com a falta de estrutura na rede de atendimento, com a proposta de mudança no Plano de Carreira, Cargos e Salários da categoria e além disso, com a negativa de retorno em relação às reivindicações. Outros problemas relatados pelos profissionais: faltam médicos nas equipes; unidades de saúde sem segurança, deixando médicos e outros profissionais temerosos com os constantes episódios de violência; faltam medicamentos e materiais (médicos citam que não tem papel toalha para lavar as mãos, e material para forrar as macas); unidades de urgências sempre lotadas, com poucos profissionais para atender a elevada demanda.