Médicos não cumprem jornada e falta medicamento em Desterro

Amália Goulart - Do Hoje em Dia
27/09/2012 às 07:27.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:37
 (CGU/Divulgação)

(CGU/Divulgação)

Em Desterro de Entre Rios, cidade de 7 mil habitantes, localizada na região Central de Minas, os moradores que precisam ser atendidos em unidades de saúde enfrentam intermináveis filas em meio a corredores com mofo e infiltração. Equipes médicas da cidade não cumprem os horários de trabalho e faltam medicamentos nas farmácias populares.

Na educação não é diferente. A merenda escolar é feita sem qualquer acompanhamento nutricional e tem escola que cultiva a horta junto ao esgoto, no terreiro de terra batida. Os ônibus estão em estado tão precário que os alunos precisam de cuidado até para entrar nos veículos. Os problemas estão no relatório da Controladoria Geral da União (CGU), conforme série de reportagens que o Hoje em Dia vem publicando com exclusividade.

Ao contrário do que se pensa, Desterro de Entre Rios não é oficialmente uma cidade pobre, como Itinga, no Vale do Jequitinhonha. Está na 451ª posição no ranking dos 853 municípios mineiros, quando o assunto são as condições de vida dos habitantes, o Índice Mineiro de Responsabilidade Social. O problema é que as pessoas carentes que lá vivem não são assistidas pelo poder público local. E a causa não é falta de dinheiro.

Segundo a CGU, assim como em outras cidades mineiras, o dinheiro até chega. Porém, é mal utilizado. Em Desterro de Entre Rios, a administração não presta contas, de forma regular e cumprindo os requisitos legais, de uma das áreas primordiais: a saúde. Os recursos repassados fundo a fundo ficaram sem comprovação. Outras irregularidades foram verificadas como pagamento indevido do Bolsa Família.

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