Música e estudo pela internet alteram rotinas e hábitos

Luisana Gontijo
lgontijo@hojeemdia.com.br
01/05/2020 às 13:58.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:24
 (Lívia Rios/Divulgação)

(Lívia Rios/Divulgação)

Nas primeiras semanas deste isolamento social que busca frear o avanço da Covid-19 no país, o músico Leo Eymard chegou a fazer uma live quase todos os dias. Agora, ele conta que faz umas duas vezes por semana. E que tem passado muito tempo on-line, apesar de trabalhar em um site de música, o cifraclub, há 10 anos, e ter um forte envolvimento com o meio virtual.

Agora, além das atividades habituais, fazer videoaulas para o YouTube e usar outras redes sociais, como o Instagram, como ferramenta de trabalho, Leo Eymard revela que tem feito uma verdadeira imersão on-line, assistindo a muitos cursos, lendo bastante coisas pela internet, além de ter comprado livros on-line para ler pelo celular.

“Atividades on-line são fundamentais para os músicos. Todos deviam utilizar. Agora, muitos vão entender isso. Fui criando uma consciência da importância da internet. Encarei a internet como um trabalho e o retorno que tive foi maravilhoso. Hoje, a internet é minha principal fonte de renda e talvez a mais importante. Nem me vejo transferindo meus ganhos para um show ou uma turnê”, diz o artista.

Sobre as lives, feitas por vários artistas neste momento, Leo acha que são uma ferramenta supervaliosa para os músicos, que não têm como fazer shows com a pandemia. A live é o recurso que o músico tem para se aproximar do seu público. Acho que para criar um público, você tem que ter uma rotina pela internet. Acho que o músico que já tem um público deve usar as lives como uma nova oportunidade de trabalho. O Facebook acabou de divulgar que as lives podem ser monetizadas lá”, ensina ainda.

Aulas
Quem tem feito esforço redobrado com essa migração de atividades para o mundo virtual são os professores. Mesmo com a realidade do ensino a distância (EAD), muitos docentes que agora dão aulas virtuais não estavam habituados às ferramentas necessárias ao ensino on-line.
A professora Conceição Luciano conta que tem ficado mais tempo on-line porque, além de se informar pela internet e se comunicar por redes sociais como WhatsApp e Facebook, passou a dar aulas on-line desde que a instituição de ensino superior na qual leciona aderiu ao home office.
“Sempre tive resistência grande com educação a distância, mas confesso que me surpreendeu. Não é tão ruim assim. Mas não substitui de forma alguma a aula presencial, que dá um retorno imediato ao professor”, avalia.

Aluna de Conceição na faculdade, Sarah Correa conta que o estudo remoto a fez aumentar o tempo on-line. “Sempre estou conectada à internet, por conta do trabalho, das redes sociais, da resolução de problemas pessoais”. Ela avalia que a necessidade de mais atenção pode tornar o aprendizado virtual mais difícil e mais cansativo.

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