Condenado a 15 anos de prisão por pelo assassinato da ex-modelo Eliza Samudio, Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", obteve na Justiça o benefício de livramento condicional. O termo foi assinado na quarta-feira (31) após o juiz Antonio Fortes de Pádua, da Vara de Execução em Meio Aberto e Medidas Alternativas da comarca de Pará de Minas, explicar todas as regras que o ex-braço direito do goleiro Bruno terá que cumprir para ter direito aos benefícios.
Anteriormente, "Macarrão" cumpria o regime semiaberto. Agora, ele poderá deixar a residência nos dias de folga, aos sábados, domingos e feriados. No novo regime, o condenado também tem mais tempo para permanecer na rua. No livramento condicional, ele terá de recolher-se às 22h e permanecer em casa até as 6h.
Dentre as obrigações que terá que cumprir, conforme explicou o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), "Macarrão" deverá trabalhar, comparecer mensalmente em juízo para comprovar residência fixa e vínculo empregatício, não mudar de casa ou deixar a cidade sem autorização da Justiça e não frequentar bares, boates ou casa de prostituição.
Atualmente, ele trabalha na Igreja do Evangelho Quadrangular, em Pará de Minas, na Região Central de Minas. Foi também no município, que fica a cerca de 90 quilômetros de Belo Horizonte, que o cúmplice do goleiro Bruno cumpriu parte da pena.
Extinção da pena
A advogada Fabiana Cecília Alves, que defende Luiz Henrique Romão, explicou que pretende pedir perdão total ou o perdão parcial da pena. "A pessoa que comete crime hediondo não tem direito ao indulto. Mas como ele foi condenado por crime comum, preenche os requisitos e poderá conseguir o perdão", pontuou.
Ela disse que vai aguardar o decreto do presidente Michel Temer (MDB) sobre as regras do indulto, previsto para ser publicado neste final de ano, para avaliar se "Macarrão" se encaixa nos requisitos.
Sentença
"Macarrão" foi condenado a 15 anos de prisão por sequestrar, manter em cárcere privado e matar Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno. Por mandar executar o crime, Bruno foi sentenciado a mais de 20 anos de prisão.
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