Maior da história: 250 mil pessoas participam da Parada LGBT de BH, diz organização do evento

Lucas Eduardo Soares
14/07/2019 às 19:34.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:32
 (Lucas Eduardo Soares)

(Lucas Eduardo Soares)

O público esperado para a 22ª edição da Parada do Orgulho LGBT de Belo Horizonte ultrapassou as expectativas e foi o maior da história do movimento. O Centro de Luta Pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos-MG) esperava reunir 200 mil participantes no ato realizado neste domingo (14). Segundo a organização, entretanto, 50 mil pessoas a mais marcaram presença no evento, que percorreu o Centro de BH - da Praça da Estação à Praça Raul Soares.

O tema deste ano foram os 50 anos da Revolta de Stonewall, ocorrida em Nova Iorque, marco das datas de orgulho de todo o mundo.

Representante da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT), Carlos Magno disse que a edição de 2019 é a maior de todos os anos da metrópole. Em 2018, os números oficiais deram conta de que 120 mil pessoas foram às ruas. "Apesar de avanços, como a criminalização da homofobia, ainda temos muito o que reivindicar. Somente neste ano, 140 pessoas LGBTs foram mortas", lamentou o Carlos Magno. 

Presença do prefeito

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), compareceu pela terceira vez na Parada LGBT de Belo Horizonte. Ovacionado pelos participantes, pediu que não deixassem de manifestar amor. "Nós podemos mostrar para todo mundo que essa cidade não tem dono. Ninguém manda nela a não ser o povo", declarou o prefeito, aplaudido pelos presentes. Kalil também sugeriu três "frases" que, segundo ele, são libertadoras nesta data. Lucas Eduardo Soares

Prefeito foi aplaudido pelos participantes da 22ª Parada LGBT de Belo Horizonte

A primeira classificou como "não sei", referindo-se aos constantes aprendizados em relação à diversidade sexual. "Em seguida, virem para quem vocês amam e digam 'eu te amo'. Por último, 'foda-se' para os que pensam o contrário", falou o prefeito. Em seguida, a multidão fez críticas ao presidente da República, Jair Bolsonaro, autor de declarações consideradas homofóbicas.

Kalil disse ainda que comparece aos eventos pelos quais é chamado. "A mesma importância que dou quando sou convidado, por exemplo, a encontros com pastores evangélicos. Quando recebo Dom Walmor (arcebispo de Belo Horizonte) para resolver problemas relacionados à Catedral Cristo Rei", exemplificou, emendando que a conduta faz parte de uma boa governança.

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