Maioria dos idosos tem chance de chegar aos 80 anos

Izabela Ventura - Hoje em Dia
03/08/2013 às 08:15.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:38

Quando partiu de Montes Claros e chegou a Belo Horizonte, há 40 anos, dona Cândida Fernandes Fonseca, de 100 anos, não imaginava que viveria tanto, e com saúde. Ela é a moradora mais antiga da Vila Acaba Mundo, zona Sul da capital, e viu de perto o desenvolvimento da região.

Cândida faz parte de um grupo cada vez maior de mineiros que se enquadra no estudo Tábuas Abreviadas de Mortalidade, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2010, de cada mil pessoas com 60 anos, 413,2 não tinham a expectativa de completar 80. Ou seja, 59% ainda poderiam viver pelo menos mais 20 anos.

Há 30 anos, em 1980, a situação era muito pior. Mais da metade dos idosos (643,4) não tinha a probabilidade de chegar aos 80 – apenas 36% vivia mais duas décadas. De lá para cá, o Estado subiu do 12º lugar no ranking nacional para o 4º lugar de pessoas nesse quesito da longevidade.

Em primeiro lugar está o Espírito Santo, com 61% dos idosos com chance de chegar à idade octogenária.

Por sexo

As mulheres mineiras estão vivendo mais do que os homens. A expectativa de vida delas, segundo o IBGE, é de 78,3 anos, enquanto que, para eles, é de 72,5.
Para dona Cândida, que faz 101 anos no dia 20, além do desenvolvimento do país, a receita da longevidade é o amor que recebe dos cinco filhos, dez netos e sete bisnetos. “É claro que o acesso à saúde também melhorou. Um médico vem em casa para fazer as consultas de rotina”, conta a filha dela, Maria do Carmo Fernandes, de 61 anos.

Outro índice otimista do IBGE diz respeito à esperança de vida aos 60 anos. De 1980 a 2010, a expectativa de quantos anos pessoas nessa faixa etária ainda viveriam aumentou 5,1 anos, em média, passando de 16,9 para 22.

Maria Flor Soares é outra que vai além das previsões. Aos 83 anos, ela faz trabalho voluntário e artesanato e dá aulas de bordado. “As oportunidades surgem para quem tem vontade de trabalhar”, diz. Ela conta que, quando chegou a BH, há mais de 50 anos, o bairro Madre Gertrudes (zona Oeste) era cercado por mato. “Hoje tem uma infraestrutura bem melhor”.

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