Mais de 400 trabalhadores em situação de escravidão foram resgatados em Minas no ano passado

Hoje em Dia
28/01/2016 às 20:27.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:12

 

 

De acordo com balanço do Ministério do Trabalho e Previdência Social divulgado na quarta-feira (27) as ações do Grupo Especial de Fiscalização Móvel e de auditores fiscais do trabalho resgataram 432 vítimas de trabalho em condições análogas à escravidão em Minas Gerais no ano passado.

O quantitativo representa 43% do total de notificações em todo o país; 1.010 trabalhadores em 90 dos 257 estabelecimentos fiscalizados. Na sequência, está o Maranhão com 107 resgates (11%), seguido do Rio de Janeiro com 87 (9%), Ceará com 70 resgates (7%) e São Paulo com 66 vítimas (6%).

 

Mantendo a tendência de 2014, a maioria das vítimas de trabalho escravo no Brasil foi localizada em áreas urbanas que concentraram 61% dos casos (607 trabalhadores em 85 ações). Nas 55 operações realizadas na área rural, 403 pessoas foram identificadas.

 

Além dos trabalhadores em condições análogas à escravidão, que representaram 13,26% do universo de trabalhadores alcançados, as operações coordenadas pelo MPTS beneficiaram o total de 7.616 trabalhadores.

Como resultado das operações, a fiscalização emitiu no ano passado 2.748 autos de infração, com pagamento de R$ 3,1 bilhões em indenização para os trabalhadores. Além da emissão de 694 guias para recebimento do Seguro-desemprego e 171 Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS).

 

Os dados revelam que doze trabalhadores resgatados de trabalho escravo em 2015 tinham idade inferior aos 16 anos e que outros 28 tinham idade entre 16 e 18 anos, atuando em atividades da Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (TIP).

 

Atividades

A extração de minérios concentrou 31,05% dos trabalhadores alcançados no ano, com 313 vítimas trabalhando na extração e britamento de pedras, extração de minério de ferro e extração de minérios de metais preciosos.

O ramo da construção civil representa 18,55% do total (187 trabalhadores localizados). A agricultura e a pecuária, atividades com histórico de resgate, aparecem em seguida, com 15,18% e 14,29% do número de trabalhadores identificados em condições análogas a de escravo.

 

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