Mais um lote da Belorizontina pode estar contaminado, afirma Polícia Civil

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
13/01/2020 às 12:18.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:16
 (Reprodução/Whatsapp)

(Reprodução/Whatsapp)

Mais um lote da cerveja Belorizontina, da fabricante Backer, contém substâncias tóxicas. Os produtos podem ter relação com a síndrome nefroneural, que teria contaminado pelo menos 11 pessoas em Minas. Trata-se do lote L21354. A informação foi confirmada pela Polícia Civil nesta segunda-feira (13).

A garrafa analisada havia sido recolhida pelo Ministério da Agricultura dentro da fábrica na quinta-feira (9) e repassada à corporação mineira. O material foi levado, primeiramente, a Brasília para um teste de carbonatação, no sábado (11), para atestar que não houve violação do produto. Posteriormente, foi feita uma análise por peritos da polícia. O teste indicou a presença do dietilenoglicol e monoetilenoglicol. A garrafa tinha rótulo da marca Capixaba, cujo conteúdo é o mesmo da Belorizontina, porém comercializada no Espírito Santo.

Os laudos já apontavam o dietilenoglicol nos lotes L1 e L2 1348. De acordo com a Polícia Civil, tanto dietilenoglicol quanto monoglicol podem provocar intoxicação. Segundo a Backer, o dietilenoglicol "não faz parte de nenhuma etapa do processo de fabricação de seus produtos, inclusive da Belorizontina". Mas a empresa utiliza o monoglicol no processo de produção e a nota fiscal da compra dessa substância foi apresentada aos investigadores. 

A Polícia Civil explicou ainda que os lotes "L1 1348" e "L2 1348" foram entregues majoritariamente para uma grande rede de supermercados, que vendeu a Belorizontina com preços convidativos, visando Black Friday e as festas de fim de ano. Houve uma grande entrega de garrafas desses lotes não somente a um estabelecimento no Buritis, mas também em unidades de Lourdes, Cidade Nova e na avenida Afonso Pena, além de Nova Lima, na Grande BH.

Vítimas

O número de pessoas contaminadas com a substância atualmente é de 11. Entretanto, a Polícia Civil informou que outros dez casos são analisados por equipes de saúde. Nem todos teriam se intoxicado no bairro Buritis, na região Oeste da capital.

A cervejaria Backer informou que segue colaborando e aguardando os resultados das investigações. "E reafirma que conforme anunciado, vai realizar uma vistoria completa em seus processos de produção, visando o esclarecimento a toda a sociedade", afirmou por nota.


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