Manifestantes fecham a avenida Antônio Carlos, mas são barrados pela polícia

Tabata Martins - Hoje em Dia
17/06/2013 às 16:40.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:12

Depois de pelo menos 12 mil pessoas se reunirem na Praça 7, no Centro de Belo Horizonte, e saírem em marcha em direção ao Mineirão, na Pampulha, os manifestantes foram barrados pela Polícia Militar na avenida Antônio Carlos, na altura do bairro Aparecida, na região Noroeste da capital mineira, na tarde desta segunda-feira (17).   De acordo com informações de um dos protestantes, que não quis se identificar, o grupo deparou com uma barricada formada por muitos policiais e viaturas um pouco antes de chegar ao Viaduto São Francisco.   Os protestantes, que lutam pela redução das passagens de ônibus em conjunto com todo o Brasil, foram impedidos de caminhar depois que resolveram fechar a avenida Antônio Carlos, onde, primeiramente, interditaram apenas a pista sentido centro/bairro.   Com medo de represália, os manifestantes ainda não decidiram se irão furar o bloqueio. Assim, o grupo permanece parado na avenida Antônio Carlos, onde o clima é de completa tensão.   A manifestação foi planejada por meio de um evento criado no Facebook e acontece ao mesmo tempo em várias outras cidades do país, como São Paulo, Natal, Belém, Campinas, Rio de Janeiro, Florianópolis, entres outras.   Reflexos   Devido ao fechamento completo da avenida Antônio Carlos, que é uma das principais vias de Belo Horizonte, o trânsito está praticamente parado em vários pontos da capital mineira. A maior lentidão é registrada nos arredores da própria avenida e o indicado por agentes da BHTrans, que operam o tráfego na região, é passar pelo Anel Rodoviário. Porém, o fluxo de veículos na rodovia, na altura do Viaduto São Francisco, também já foi afetado. Além disso, o trânsito está retido no Viaduto A do Complexo da Lagoinha.   Promessa de caos   Se conseguirem chegar na região da Pampulha, os manifestantes irão se encontrar com profissionais da área de educação, que também realizam um ato em frente à Igreja São Francisco de Assis, na orla da lagoa da Pampulha.    Manifestação dos professores   O ato dos profissionais da área de educação foi organizado pela presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira. O previsto é que integrantes da Polícia Civil também participem do protesto.   Durante divulgação da manifestação por meio de nota publicada no site do sindicato, a presidente fez questão de ressaltar que o movimento é contra os governantes corruptos e contra a retirada de direitos da população. "Ninguém é dono dos recentes atos de rua, o movimento é de todos, mas a unificação aglutina forças no momento que o nosso estado é vitrine com a Copa das Confederações. Não teremos outra oportunidade como essa!", cita o texto do evento.   Até o momento, os profissionais da área de educação ainda não decidiram se irão fazer uma passeata até ao Mineirão. No entanto, agentes do Batalhão de Choque da Polícia Militar estão no local para evitar que o grupo passe pelo bloqueio.   Outro ato   No último sábado (15), aproximadamente oito mil jovens movidos pela causa da redução das tarifas do transporte público fizeram outra passeata pelas ruas de Belo Horizonte. Durante a ação, que, inicialmente era apenas uma reunião de organização do protesto desta segunda, os manifestantes também pediram mais atenção dos governantes em relação a diferentes questões sociais, como segurança, saúde, meio ambiente e mobilidade urbana.   Liminar   Os protestos ganharam força e maior número de participantes após uma liminar que proíbe manifestações que causem transtorno durante os jogos da Copa das Confederações ter sido expedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais na última quinta-feira (13).   Nesta segunda, a Justiça manteve a proibição de manifestações em todo o Estado durante o período do evento esportivo internacional. A decisão é do desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Antônio Sérvulo, que não aceitou o recurso movido pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).    Em sua decisão, o magistrado ressaltou o direito de greve e de livre manifestação da população, mas afirmou que estas manifestações prejudicam o trânsito na capital. "É notório que na Capital vem sendo realizadas diversas manifestações, de todo gênero, quer seja de movimentos paredistas, quer seja de sem terras ou de outras associações, o que resulta em verdadeiro caos no trânsito e dificuldade de locomoção de pessoas", argumentou.

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