Manifestantes ocupam Centro de BH contra Reforma da Previdência

Paula Coura
pcoura@hojeemdia.com.br
15/03/2017 às 11:23.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:45

Milhares de pessoas estão reunidas na Praça 7, no Hipercentro de Belo Horizonte, aguardando a grande caminhada até a Praça da Assembleia Legislativa de Minas. Os manifestantes protestam contra a Reforma da Previdência, que dentre outros pontos, altera a idade mínima para a aposentadoria para 65 anos, além de modificar o cálculo para obtenção do benefício. 

As avenidas Afonso Pena e Amazonas foram fechadas por causa da manifestação. Faixas, adesivos de "Fora Temer" foram afixados nos quatro cantos da praça. Um grupo contrário ao governo de Michel Temer, sem ligação a nenhum sindicato trabalhista, montou a "Tenda da Democracia", em que vende camisas temáticas para financiar adesivos pro Dilma e Lula, além do "fora Temer". "Somos cerca de 300 pessoas que fazemos ações pontuais contra o golpe", disse a arquiteta Leda Lima, de 65 anos.

Os integrantes do ato falam em 100 mil pessoas no protesto, mas a Polícia Militar não divulgou um balanço oficial.

Parte dos manifestantes já começou chegar à praça da Assembleia, onde às 14h terá uma audiência pública sobre a reforma da Previdência. Muitos protestantes ainda se encontram na avenida Amazonas. O tráfego em uma das faixas está da via interditada, assim como parte da avenida Olégario Maciel, por onde passa a caminhada. 

Os professores da rede estadual de educação permanecem em greve por tempo indeterminado. Segundo Valeria Morato, presidente do Sinpro-MG (confiram a grafia por favor é Sindicato dos Professores de Minas), "o diálogo com vizinhos e quem não veio a manifestação deve continuar,para barrar a reforma da Previdência".

  Cássia Eponine/Hoje em Dia

Algumas vias da região central tiveram que ser fechadas por causa do ato

A proposta

A Reforma da Previdência proposta pelo governo prevê, entre outros pontos, idade mínima de 65 anos para aposentadoria, altera o tempo de contribuição e modifica o cálculo para obter direito ao benefício. Para o presidente do Conselho de Política Econômica e Industrial da Fiemg Lincoln Gonçalves, as alterações são fundamentais, já que 68% do dinheiro do Tesouro Nacional é gasto para pagamento das dívidas da União ou com a Previdência, que é o segundo maior gasto do governo.

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