Cerca de 350 pessoas se reuníram no fim da tarde desta terça (3) em frente ao prédio do novo prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, para protestar contra o aumento das tarifas de ônibus em Belo Horizonte e Região Metropolitana. O valor da passagem para os coletivos que atendem a capital passou para R$ 4,05 nesta terça; um reajuste de 9,04%. Na Grande BH, o aumento passou a valer no último domingo (1º), com um preço de R$ 4,85; acerto de 8,99%.
Organizado pelos movimentos Passe Livre e Tarifa Zero, o ato intitulado “#cancelaKalil”, saiu da Praça Sete, passou pelo Lourdes e foi até a praça Marília de Dirceu, onde queimaram e pularam uma catraca. Ao chegar ao prédio de Kalil, os manifestantes leram uma carta com as suas reivindicações e a afixaram no local, com o recado: "Amanhã voltaremos!".
Segundo Juliana Galvão, integrante do movimento, questões como a diminuição do número de passageiros, elevação dos gastos com o combustível, folha de pagamentos e manutenção dos veículos não deveriam causar tanto impacto para o usuário do transporte público. “A cada vez que a tarifa é reajustada, o passageiro cria alternativas de não utilizar o ônibus e isso aumenta o prejuízo das empresas. Sabemos que o reajuste é previsto no contrato, mas não de forma abusiva”, explica.
O movimento não descarta acionar a Defensoria Pública de Minas Gerais, ou até mesmo à Justiça, para tentar reduzir o valor das tarifas do transporte público da capital.
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(Com colaboração de Gabriela Sales)