Mapa contesta laudo independente da Backer e reafirma que água de cervejas estava contaminada

Rosiane Cunha
rmcunha@hojeemdia.com.br
21/01/2020 às 20:36.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:22
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) contestou na noite desta terça-feira (21) o resultado de uma análise independente contratada pela cervejaria Backer que não encontrou dietilenoglicol em quatro amostras de água na fábrica da empresa, no bairro Olhos D'Água, região Oeste de Belo Horizonte. Esses exames divergem da análise do (Mapa), que https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/minist%C3%A9rio-da-agricultura-identifica-sete-lotes-da-cerveja-backer-contaminados-por-dietilenoglicol-1.767140.

Segundo o ministério, para se chegar a esse resultado foi utilizado o processo de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas, técnica que, conforme a literatura científica consultada, é a mais indicada para análise das substâncias monoetilenoglicol (MEG) e dietilenoglicol (DEG). “Esta técnica analítica é, inclusive, a utilizada em método de referência da agência americana Food and Drug Administration (FDA) para a determinação destes compostos".

Ainda de acordo com o Mapa, essas análises detectaram a presença dos contaminantes em amostras coletadas pelos auditores fiscais na água residual do trocador de placas e no tanque de água utilizada para resfriamento. “A atuação da fiscalização federal agropecuária é dotada de fé pública e auxilia a apuração deste caso em parceria com demais órgãos participantes desta força-tarefa”, conclui o comunicado.

Apesar da divergência, a cervejaria confirma que havia DEG em garrafas dos rótulos da Belorizontina e Capixaba, mas mantém a afirmação de que não utiliza o líquido tóxico na linha de produção. 

A https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/%C3%A1gua-para-fabrica%C3%A7%C3%A3o-de-cervejas-n%C3%A3o-estava-contaminada-contesta-estudo-contratado-pela-backer-1.768071 (UFMG) Bruno Botelho e, conforme o especialista, a água foi enviada a ele pela própria Backer, que informou que as amostras foram retiras do tanque, do restaurante, da caixa d’água e do trocador de calor. 

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