Mapa de Qualidade das Águas serve de alerta para os mineiros

Álvaro Castro - Hoje em Dia
22/03/2013 às 11:36.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:09
 (Copasa)

(Copasa)

Na semana em que se comemora o Dia Mundial da Água, o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) lançou o Mapa de Qualidade das Águas de Minas Gerais 2013. A análise, divulgada anualmente pelo órgão, mostrou que alguns pontos avançaram, mas ainda há muito o que se fazer para que os mineiros possam consumir água de qualidade. De acordo com o levantamento, 74% das amostras coletadas nas 11 bacias hidrográficas são de nível médio ou ruim. Apenas 26% são de boa qualidade.
 
O mapa é feito com base em amostras recolhidas em 448 estações da rede básica de monitoramento, distribuídas por todo o Estado. A análise dessas amostras resulta no Índice de Qualidade da Água (IQA), que avalia a contaminação por oxigênio dissolvido, coliformes termotolerantes, PH, demanda bioquímica de oxigênio, nitrato, fosfato total, variação da temperatura da água, turbidez e sólidos totais. “O Mapa de Qualidade das Águas nos apresenta resultados positivos e também nos aponta onde estão os problemas. Assim, ele é um norteador de políticas públicas”, disse Adriano Magalhães, secretário de Estado de Meio Ambiente.
 
Contudo, apesar da situação preocupante, é possível ver avanços dentro dos programas de melhoria de qualidade. O IQA Bom passou de 18% em 2011 para 26% em 2012, o Médio de 60% para 57% e o Ruim de 21% para 16%. De acordo com números oficiais, dez das 11 bacias do Estado apresentaram melhoria na qualidade da água. "O IQA é uma ferramenta interessante de análise, que permite unificar sob um mesmo índice as diversas regiões do Estado", analisa o engenheiro civil sanitarista Joaquim Aguirre.
 
Contudo, outros pontos importantes sobre o complexo ecossistema que é um rio não é contemplado em sua totalidade pelo IQA. Outras questões como o nível de assoreamento, o biomonitoramento, presença de metais pesados nas águas não são vistos através desse índice, conforme contou o coordenador do projeto Manuelzão, na edição de quarta-feira do Hoje em Dia (linkar para http://www.hojeemdia.com.br/minas/aguas-de-rios-mineiros-registram-baixa-qualidade-1.103536), professor Apolo Heringer.
 

Rio das Velhas melhora sua demanda bioquímica de oxigênio
 

Principal afluente do rio São Francisco e grande responsável pelo abastecimento de água da região Metropolitana de Belo Horizonte, o rio das Velhas foi um dos cursos d'água que apresentou melhoras nos índices. Além do IQA, a Demanda Bioquímica de Oxigênio, um dos indicadores mais utilizados para níveis de poluição, também foi medida. Entre 2008 e 2012 revelam que em 19 pontos de monitoramento, 11 apresentaram DBO abaixo de 3 ml/l, contra cinco em 2008. Os dados foram apresentados pela diretora-geral do Instituo Mineiro de Gestão das Águas (Igam).
 
Para efeito comparativo, a água pura tem 10ml/l de oxigênio dissolvido. Peixes sensíveis precisam de 5 a 6 ml/l de oxigênio para sobreviverem, enquanto que peixes mais resistentes, como o bagre, sobrevivem em 2 a 3 ml/l de oxigênio dissolvidos na água;
 

Veja como está a situação das águas nas diversas bacias de Minas Gerais:

 

 

 

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