Marcos Valério ganha transferência para Lagoa da Prata, mas defesa planeja ida para Santa Luzia

Liziane Lopes
llopes@hojeemdia.com.br
20/12/2016 às 10:21.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:09
 (Reprodução / Internet)

(Reprodução / Internet)

O publicitário Marcos Valério, operador do mensalão do PT e acusado de envolvimento no esquema de caixa 2 do PSDB, recebeu a autorização para transferência da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para Lagoa da Prata, na Região Centro-Oeste de Minas. 

Um dos advogados dele, Marcelo Leonardo, confirmou a decisão e disse que o pedido dessa transferência foi feito em fevereiro deste ano e só agora foi apreciado. Ainda segundo o advogado, outro pedido foi feito este mês, dessa vez, a transferência foi para Santa Luzia. A defesa vai esperar a decisão desse pedido, porque o desejo de Marcos Valério é ficar em uma cidade mais perto de Belo Horizonte. 

Marcelo Leonardo nega que o motivo da mudança de local seja por causa da delação premiada do cliente. Segundo ele, o motivo é o modelo Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado), adotado nas duas cidades e que prioriza a socialização e a humanização. 

O documento com a deleção premiada ainda está sendo finalizado. Segundo a defesa, podem ser atingidas 150 pessoas, entre elas integrantes do Legislativo, Executivo e Judiciário. Mais de cem anexos foram protocolados. 

Com a delação, o operador do mensalão pretende reduzir a pena com relação ao mensalão do PSDB. O esquema de corrupção teria financiado a campanha de reeleição de Eduardo Azeredo, em 1998. Azeredo é um dos fundadores do PSDB e ex-presidente da legenda. 

No caso do mensalão do PT, ele já foi condenado a 37 anos de prisão. Desde novembro de 2013, o publicitário cumpre pena na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Ele é acusado de peculato, evasão de divisas, corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, entre outros. 

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Administração Prisional (SEAP) informou que ainda não foi notificada sobre a decisão do STF.

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