Maternidade da Santa Casa BH está com os dias contados

Hoje em Dia
26/08/2014 às 18:20.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:57
 (Flávio Tavares / Hoje em Dia)

(Flávio Tavares / Hoje em Dia)

O grupo Santa Casa de Belo Horizonte promete encerrar as atividades nesta sexta-feira (29). Uma reunião havia sido marcada para essa segunda-feira (25) com o Ministério da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde (SES), Prefeitura de Belo Horizonte e representantes da maternidade, na tentativa de acordo, porém, o encontro foi adiato.    A falta de recursos financeiros para manter o atendimento das gestantes de alta complexidade foi um dos motivadores para o impasse. Segundo a administração, a maternidade amarga um prejuízo anual de R$ 10 milhões. Há cerca de um ano, os problemas com seu custeio foram oficialmente encaminhados ao Ministério da Saúde e à Prefeitura de Belo Horizonte, mas as negociações não haviam avançado, de acordo com a gestão.    Fundada em 1916, a maternidade realiza, em média, mil atendimentos por mês, sendo 330 partos. Atualmente, além da Santa Casa BH, apenas outros seis hospitais possuem maternidade com atendimento ao SUS. São eles: Hospital Odilon Behrens, Hospital Júlia Kubitschek, Hospital Sofia Feldman, Hospital Risoleta Neves, Hospital das Clinicas e Maternidade Odete Valadares.    Conforme informações da assessoria de imprensa do grupo Santa Casa BH, a partir de 1º de setembro, os partos não mais serão realizados na unidade. A diretoria garante, no entanto, que as gestantes com consultas e acompanhamentos agendados não serão prejudicadas. Desde o dia 13 de agosto, a maternidade não recebia novos pacientes.    Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou ter repassado, entre 2003 e 2013, recursos da ordem de R$ 48,7 milhões para a Santa Casa de Belo Horizonte, por meio do Programa de Fortalecimento dos Hospitais (Pro-Hosp). A verba prevista para 2014 é de R$ 11,3 milhões. Do montante, a unidade de saúde já recebeu mais de R$ 3,7 milhões. O restante será pago parceladamente nos próximos meses.   A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) disse em nota que está acompanhando o caso junto a SES para discutir soluções para a maternidade. Ainda de acordo com a prefeitura, atualmente a Santa Casa recebe um complemento de R$ 4,9 milhões de completo por CTI (Centro de Tratamento Intensivo).    O Ministério da Saúde informou que a reunião foi cancelada devido a outra agenda. Ainda conforme informação da pasta, uma nova data será marcada. Ainda não há prazo para a realização do encontro. 

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