Medidas para frear Covid devem ser analisadas com cautela para evitar danos à população, diz médico

Maria Amélia Ávila
mvarginha@hojeemdia.com.br
14/04/2021 às 19:14.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:41
 (Divulgação)

(Divulgação)

Pelo menos até a próxima sexta-feira (16), Belo Horizonte continua com as medidas restritivas para tentar conter a transmissão do novo coronavírus. A reunião desta quarta-feira (14) entre o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, e o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da capital durou várias horas e acabou sem uma decisão.  

O médico infectologista, membro do Comitê, Estevão Urbano, explica que “muitos cenários foram tratados, muitos fatores foram colocados na mesa para debate, mas Belo Horizonte ainda está num cenário complexo, por isso é necessário analisar com cautela para não causar novos danos à população”. O médico complementa que “é preciso analisar os prós e os contras das medidas restritivas”.   

A metrópole está com o número médio de transmissão por infectado (RT) abaixo de 1, no nível verde. A ocupação de leitos de enfermaria para Covid-19 está no indicador amarelo, com 68,4%, mas a de UTIs é que permanece no nível vermelho: 86,1%. Os dados fazem parte do último boletim epidemiológico divulgado pela PBH.  

Para Estevão Urbano, esses números são bons. "Principalmente se compararmos com o resto do país, mas vamos entrar no ponto crítico de impacto da Semana Santa até o próximo domingo e precisamos analisar”, frisou o especialista.

Segundo o infectologista, mais de 80% dos casos de Covid-19 em Belo Horizonte são de duas variantes, a P1 (de Manaus) e a P2 (do Rio de Janeiro). Por aqui, praticamente já não existem casos da cepa original.

Acompanhe a entrevista na íntegra:

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por