Mel como fonte de renda extra para a família

Daniel Antunes - Do Hoje em Dia
23/09/2012 às 11:02.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:31
 (Leonardo Morais)

(Leonardo Morais)

O produtor de leite Ailton Agostinho de Abreu, de 45 anos, descobriu, há pouco mais de um ano, que mel pode se tornar uma importante fonte de renda extra para ajudar a manter a casa simples, na zona rural de Itueta, onde vive com a mulher e uma filha.

Na propriedade de quatro alqueires, ele produziu, na última colheita, cerca de 100 quilos de mel. “É uma alternativa de ganhar dinheiro sem ter que sair de casa. Estou empolgado com a ideia e vou aproveitar o próximo período chuvoso para plantar mais árvores”, comentou Agostinho, que vive em um assentamento onde estão 35 famílias do Movimento Sem Terra (MST).

Orgulhoso, Ailton Agostinho mostra a reserva verde que mantém no terreno onde mora. “Antes, as pessoas devastavam para fazer área de pastagem do gado. Com as abelhas é justamente o contrário. As áreas de pastagem são as florestas”, brincou. Ele mantém dentro da reserva um curso d’água. “A própria floresta preserva a nascente, não precisa de muita coisa”, disse.

Cada família inscrita no projeto recebeu, além do curso de apicultura e orientações de preservação de áreas verdes e de nascentes, cinco colmeias que podem produzir até 500 quilos de mel e 18 quilos de própolis por ano.

Outros instrumentos, como macacão, luvas, chapéu e bota também fazem parte de um kit entregue aos produtores. São ao todo 2.250 jovens e mulheres atendidas no programa. “O projeto mostra uma mudança: a região é tradicionalmente conhecida pela produção leiteira. A apicultura desponta como um novo negócio e forte aliada do meio ambiente”, observou Girley Batista.

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