Memória: estímulo ajuda a evitar o "alzheimer canino"

Michelle Maia - Hoje em Dia
31/08/2013 às 08:13.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:30

Estimular a memória dos cães com brincadeiras e atividades físicas específicas contribui para o bem-estar dos animais e ajuda a prevenir a Disfunção Cognitiva Canina (DCC), popularmente conhecida como “Alzheimer canino”.

O que muitas pessoas pensam ser apenas uma alteração de comportamento por causa da idade avançada dos pets pode estar ligada a uma disfunção neurológica séria no animal. Considerada por especialistas uma doença relativamente nova, a DCC ainda não tem causa definida.

Desorientação, diminuição da interação com outros animais ou com os membros da família, perda da capacidade de aprendizagem, distúrbios no ciclo do sono e agressividade incomum são os principais sintomas do “Alzheimer canino”.

Professor de neurologia veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Rogério Martins Amorim alerta que só uma avaliação detalhada do mascote permite a definição do tratamento correto.

Atenção

“Muitas pessoas confundem os sintomas, que também são parecidos com os de tumor cerebral ou encefalite. No caso da DCC, sabemos que há o acúmulo excessivo de uma substância chamada Beta-amilóide no neurônio e vasos do cérebro do cachorro. Assim, surgem os sinais clínicos”, explicou.

A incidência da doença é maior em animais com idade avançada – normalmente a partir dos sete anos. Mas é preciso estar atento, uma vez que essa fase começa em épocas diferentes em cada animal.

“A raça e o tamanho influenciam, e muito, ao considerar um cão idoso. Tudo vai depender da raça e do tamanho. Mas, basicamente, os de grande porte entram nessa fase a partir dos sete anos de idade. Os de médio porte, aos nove anos, e os pequenos, a partir dos 12”, afirmou o especialista.

Exercícios

A estudante Denise Castro decidiu estimular Kira, uma cadela da raça Akita, de apenas quatro meses, desde cedo. Ela passeia sempre com o animal e propõe brincadeiras com o auxílio de um adestrador.

“Ela tem aprendido muitas coisas novas, está mais sociável e calma. Escondo bolinhas e outros brinquedos para ela tentar achar e parece que está aprendendo direitinho”, disse a estudante, satisfeita com a decisão de estimular o animal de estimação.

“O bom é que, além de educá-la, os estímulos também irão ajudar a evitar doenças futuras, como o Alzheimer”, pondera.
 
Leia mais na Edição Digital.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por