Memória sempre ativa com a ajuda da ginástica cerebral

Michelle Maia - Hoje em Dia
11/03/2013 às 07:02.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:46
 (CARLOS ROBERTO )

(CARLOS ROBERTO )

Já parou para pensar o que nos faz lembrar de detalhes de histórias antigas ou fatos passados? Por que não se desaprende a andar de bicicleta ou dirigir? Como as expressões complicadas de uma determinada música fluem naturalmente? A resposta está na memória. É nela que qualquer pessoa tem a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações.

Especialistas garantem: treinar o cérebro e exercitar a memória ao longo da vida trazem benefícios para a saúde mental, ajudam na falta de atenção e ainda evitam doenças degenerativas, como Alzheimer e alguns tipos de demência.

O cérebro tem a capacidade, segundo a neuropsicóloga Gislaine Gil, de, com a estimulação, aumentar a ligação entre os neurônios, que são células nervosas. Para ela, quanto mais uma pessoa estuda, por exemplo, mais incita a memória, já que tem que se informar mais.

“É como se fosse o Facebook: a pessoa tem um amigo, que tem outros amigos, que tem outros amigos, e ela acaba enfim, fazendo amizades com essas outras pessoas. Assim é o cérebro. A quantidade de neurônios é a mesma em qualquer um, claro, se não houver nenhuma doença no nascimento. O diferencial é o quanto treinou seu cérebro ao longo da vida”, explica. “A prática cria ainda um fator de proteção para doenças que afetam a memória”.


Mente ativa

Maria Elvira dos Santos, de 68 anos, se aposentou há apenas cinco meses, mas faz questão de manter a mente ativa. “Não fico parada. Quando não há nada para fazer, gosto de ler ou recorro às revistas de palavras cruzadas e desafios. Muitas pessoas veem TV a maior parte do tempo, mas prefiro exercitar minha memória assim”, diz.

Mas antes de pensar que está com algum problema de memória, é bom esclarecer que é normal esquecer uma coisa ou outra. Aliás, isso acontece e acontecerá com todas as pessoas, conforme o neurologista Ivan Okamoto.

O problema é quando o esquecimento passa a interferir no dia a dia. “Em alguns casos, a pessoa vai mais ao supermercado porque se esqueceu do que precisava comprar, não lembra da panela no fogo, paga multa porque esqueceu de quitar as contas, esquece nomes de pessoas próximas. Estes podem ser sinais de alerta”.

Há uma série de fatores, como a ansiedade, depressão, estresse e hipotireoidismo que interferem na memória e, principalmente, na atenção.

“Para investigar melhor, é preciso fazer um exame neuropsicológico, para identificar se o problema é emocional ou neurológico”, afirma Gislaine.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por