Menores compram bebidas sem apresentar documento

Danilo Emerich - Hoje em Dia
16/02/2015 às 08:10.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:02
 (Carlos Rhienck/Hoje em Dia)

(Carlos Rhienck/Hoje em Dia)

Nem mesmo a presença do Juizado da Infância e Juventude e da Polícia Militar foi suficiente para barrar o consumo de álcool por menores de idade no Carnaval de Belo Horizonte. A cena se repetia com frequência durante o período da tarde e noite de domingo (15), na Praça da Savassi, região Centro-Sul, onde foi montada uma Estação do Samba pela prefeitura.   Do lado de fora do evento, ambulantes, mesmo próximos a policiais militares, vendiam bebidas para qualquer pessoa, sem pedir a carteira de identidade. A mesma cena se repetia nos bares oficiais do evento em situações diversas, como na compra das fichas ou durante a retirada das bebidas nas tendas.   Latas de cerveja e garrafas de vodca ou Catuaba lideraram a preferência dos jovens que participaram do evento. Outra cena comum no local foi a presença de grupos de adolescentes fumando cigarros, inclusive de maconha.   O estudante D.C.M., de 16 anos, comprou uma ficha para cerveja e, em seguida, pegou a bebida no bar sem ter a identidade conferida. Todo o ato foi testemunhado pelo Hoje em Dia. Ao serem questionados pela reportagem, vendedores que atendiam no local negaram ter feito a venda para os menores. “Ninguém nem pergunta a idade, seja o ambulante ou no bar. Ainda assim, tenho uma carteira de identidade com data de nascimento adulterada se houver algum problema”, disse o menor mostrando o falso documento.   Uma outra adolescente L.I.C., de 17 anos, também confirmou não ter problemas para comprar bebidas alcoólicas. Ela relatou ter visto vários adolescentes embriagados durante os dias anteriores do Carnaval. “Alguns estavam até desmaiados próximos aos banheiros”, disse a menor, que consumia uma garrafa de vodca com energético.   No ambulatório montado para o evento, enfermeiros confirmaram o atendimento de vários menores passando mal e sob o efeito de álcool. Na noite do último sábado, um adolescente, de 16 anos e com quadro de coma alcoólico, precisou ser levado às pressas para o Hospital Pronto-Socorro (HPS) João XXIII.   A equipe do Juizado de Infância e Juventude que estava na Estação do Samba da Savassi não foi encontrada pela reportagem no evento ou na tenda onde atuava o órgão.

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