Mesmo após fim da greve, há fila para abastecer em BH; em alguns postos já falta combustível

Anderson Rocha
arocha@hojeemdia.com.br
27/02/2021 às 09:57.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:17
 (Maurício Vieira/ Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/ Hoje em Dia)

Muitos motoristas fazem fila, na manhã deste sábado (27), para abastecer os veículos em postos de combustíveis de Belo Horizonte, mesmo após o anúncio do fim da greve dos caminhoneiros que transportam combustíveis no Estado. Nessa sexta, houve diversos registros de filas na cidade.

No posto Quick, na avenida Tereza Cristina, no Padre Eustáquio, região Oeste da capital, o estoque de álcool já acabou nos tanques e ainda resta pequena quantidade de gasolina. No local, o etanol é comercializado a R$ 3,75 e a gasolina a R$ 5,19.

O comerciante Peterson Alves da Silveira, de 60 anos, esteve por lá nesta manhã e não conseguiu abastecer. Relatou alívio com o fim da greve, mas afirmou que teme pela volta da paralisação. Ele vai tentar encher o tanque em outro estabelecimento.

"É uma irresponsabilidade você fazer uma greve sendo que existem alguns setores que são fundamentais nessa pandemia e que não podem ficar desabastecidos. Além disso, os preços estão abusivos para um país que não depende do mercado externo para a produção de etanol", afirmou. 

Já nos postos Pica Pau, no Barro Preto, na região Centro-Sul da cidade, e Aqui, no Carlos Prates (Oeste), todo o estoque de combustível já foi vendido e as gerências aguardam o reabastecimento dos reservatórios.Maurício Vieira/ Hoje em Dia

Estoque zerado no posto Aqui

No Aqui, as placas indicativas de preços foram retiradas para sinalizar a ausência dos combustíveis. No local, os funcionários atendem apenas outros serviços, como troca de óleo.

Fim da greve

O fim da paralisação dos tanqueiros foi anunciado na noite dessa sexta-feira (26) pelo presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (SindTaque), Irani Gomes.

A retomada do trabalho será possível após o Estado anunciar que criará um grupo para discutir as reivindicações dos caminhoneiros, na próxima semana. A categoria pede a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo estadual, de 15% para 12%.

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