Militares acusados de matar tio e sobrinho no Aglomerado da Serra vão a julgamento

Hoje em Dia
04/12/2013 às 19:20.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:34

Foi marcado para a próxima sexta-feira (6) o julgamento dos ex-policiais militares acusados da morte de dois moradores do Aglomerado da Serra, região Centro-Sul de Belo Horizonte, em fevereiro de 2011. Jonas David Rosa, Jason Ferreira Paschoalino, e um terceiro militar já morto teriam atirado em Renilson Veriano da Silva, de 39 anos, e em seu sobrinho, Jeferson Coelho da Silva, de 17. Segundo o Ministério Público, o crime foi praticado sem causa aparente e utilizando recursos que impossibilitaram a defesa das vítimas.   Conforme informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o julgamento está previsto para ter início às 8h30 no 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette e será presidido pelo juiz Ronaldo Vasques. A previsão é de que sejam ouvidas 20 testemunhas sendo cinco de acusação e 15 de defesa.    Durante a fase de instrução do processo, foram ouvidas 24 testemunhas, além dos dois acusados. A defesa dos militares argumentou que eles agiram em legítima defesa e em cumprimento do “dever legal e do exercício regular do direito” como policiais militares.    Os policiais foram pronunciados em outubro de 2011 e respondem por homicídio duplamente qualificado e por posse irregular de dois revólveres com numeração raspada. Eles estão presos na Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas, na Grande BH, para onde foram transferidos no último dia 23 de outubro. Até então, os militares estavam reclusos em batalhões da Polícia Militar (PM). Contudo, como foram expulsos da corporação, no dia 15 do mesmo mês, eles perderam o benefício de prisão especial.    Outro crime   Em agosto deste ano, Jason Ferreira Paschoalino foi condenado a 12 anos de prisão pelo homicídio de um forneiro, em julho de 2010, no bairro Nova Suíça, região Oeste de BH. Ficou estabelecido na sentença que ele cumpriria a pena inicialmente em regime fechado. Na ocasião, como efeito extrapenal, o juiz do 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, Ronaldo Vasques, ainda impôs a perda do cargo público de praça da Polícia Militar.

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