Minas é alvo de operação contra extração ilegal de pedra preciosa

Hoje em Dia
27/05/2015 às 09:09.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:13
 (Centro Gemológico da Bahia)

(Centro Gemológico da Bahia)

Um total de 35 medidas judiciais serão cumpridos em Minas Gerais e mais outros três estados com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que agia na extração ilegal de turmalina, uma das pedras preciosas mais valiosas do mundo, para comercialização no exterior. Ao todo, são oito mandados de prisão preventiva, 19 de busca e apreensão e 8 de sequestro de bens. Governador Valadares, no Leste de Minas funcionava como centro de distribuição da pedra preciosa.

Estão envolvidos, 130 policiais na ação que acontece, além de Governador Valadares, em Minas Gerais, em São Paulo, na capital, Patelhas e Natal, no Rio Grande do Norte, e principalmente na Paraíba, em João Pessoa e nas cidades de Monteiro e Salgadinho, onde são feitas as extrações da pedra.
 
A operação chamada de "Sete Chaves" é uma ação da Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público. O nome da operação é uma referência feita aos negociadores no mercado restrito da pedra, turmalina azul, que guardavam a "sete chaves" o segredo sobre a existência de uma pedra muito valorizada e pouco conhecida no mercado de pedras preciosas.

Considerada uma das pedras mais caras do mundo, estimada em R$ 3 milhões, a turmalina Paraíba era retirada de São José da Batalha, distrito de Salgadinho, e enviada à cidade de Parelhas, no Rio Grande do Norte, onde era esquentada com certificados de licença de exploração. De lá, as pedras seguiam para Governador Valadares em Minas Gerais para a comercialização em mercados do exterior como Bangkok, na Tailândia, Hong Kong, na China, Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos

Segundo a PF, diversos empresários e um deputado estadual fazem parte da organização criminosa. Eles utilizavam uma rede de empresas off shore para a realização das negociações bilionárias com pedras preciosas e lavagem de dinheiro.

As pessoas investigadas na operação vão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, usurpação de patrimônio da União, organização criminosa, contrabando e evasão de divisas.

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