Minas é alvo de operação da PF em combate à emigração ilegal aos EUA

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
02/12/2020 às 09:45.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:12
Dois empresários foram presos nesta quinta-feira (29), na 25º fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) (Imagem de Arquivo/Agência Brasil)

Dois empresários foram presos nesta quinta-feira (29), na 25º fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) (Imagem de Arquivo/Agência Brasil)

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quarta-feira (2), três mandados de busca e apreensão em Caratinga e Tarumirim, no Vale do Rio Doce, em operação de combate à entrada ilegal de brasileiros nos Estados Unidos. 

De acordo com a corporação, o alvo da ação, batizado de "Lei do Retorno", é uma associação criminosa sediada na região de Caratinga, que agilizava a entrada massiva e clandestina de mineiros no país norte-americano.

A investigação apontou que o grupo submetia os interessados a condições degradantes durante a viagem. Além disso, os emigrantes ilegais precisavam desembolsar entre 15 e 18 mil dólares pela logística, incluindo passagens aéreas, hospedagens, transportes terrestres e contratação, em solo mexicano, dos "guias" denominados coiotes, responsáveis pela travessia da fronteira com os EUA.

Conforme a PF, também está sendo investigada a morte de um brasileiro de Tarumirim. O homem havia sido preso em agosto deste ano pela Polícia de Fronteira dos EUA por ingresso ilegal e, por essa razão, enviado de volta ao México.

Entretanto, o mineiro foi encontrado morto 11 dias após em área da fronteira entre El Paso, no México, e Texas (EUA).

"Uma das linhas investigativas considera a hipótese de que o homicídio decorreu da impossibilidade de arcar com dívidas assumidas junto aos coiotes, parceiros dos agenciadores da região de Caratinga", informou a PF.

Cooperação

De acordo com a polícia, a investigação faz parte de ação de cooperação policial internacional contra o tráfico de pessoas.

Entre as ações conjuntas, policiais federais brasileiros que atuam na Adidância da PF em Washington (EUA) realizaram diligências em parceria com autoridades policiais norte-americanas e encaminharam à PF dados que levaram à identificação de agenciadores.

Segundo a polícia, os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa e de promoção, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, da entrada ilegal de brasileiro em país estrangeiro, cujas penas somadas podem chegar a mais de nove anos de prisão, se condenados.

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