Minas pode ter regiões com protocolos de 'flexibilidade máxima' a partir desta semana

Lucas Borges
@lucaslborges91
31/08/2020 às 14:47.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:25
 (Reprodução/Rede Minas)

(Reprodução/Rede Minas)

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) afirmou que algumas macrorregiões do estado podem passar da onda amarela para a onda verde do Minas Consciente - plano do governo que orienta a retomada das atividades econômicas nos municípios mineiros - ainda nesta semana. 

A informação foi divulgada pelo chefe de gabinete da SES-MG, João Pinho, em entrevista coletiva concedida na Cidade Administrativa, nesta segunda-feira (31).

Das 14 macrorregiões em que o estado foi dividido pelo Minas Consciente, apenas a Nordeste se encontra na onda vermelha, em que somente os serviços essenciais têm autorização para funcionar.  (Confira no mapa abaixo).

Na onda amarela, as cidades podem permitir o funcionamento do comércio não essencial, considerado de médio risco, respeitando protocolos sanitários.

Já no caso da onda verde, serviços não essenciais com alto risco de contágio têm permissão de abertura.

Na entrevista, João Pinho explicou o procedimento para a evolução da flexibilização das atividades nos municípios e revelou o prazo para uma nova definição sobre os estágios de cada macrorregião.

"Sobre a onda verde, a gente tem um intervalo mínimo de 28 dias para que uma região esteja na onda amarela e passe para a onda verde. Como desde a revisão do plano, um mês atrás, a gente teve algumas regiões que ficaram na onda amarela por todo esse período, pode ser que nessa semana a gente tenha algumas regiões que possam ir pra onda verde. Vamos avaliar esses dados, hoje, amanhã, na quarta-feira, e vamos enviar para o comitê  extraordinário. Se o comitê concordar e vislumbrar essa possibilidade nos dados, a gente vai ter algumas regiões que vão poder ir para a onda verde. Na quarta à noite ou na quinta de manhã, a gente deve divulgar a tomada decisão desta semana e qual vai passar a ser a nova composição de ondas". completou o chefe de gabinete da SES-MG, que não citou quais dessas regiões estão mais próximas de passar para a onda amarela. 

A alteração citada por João Pinho no Minas Consciente aconteceu no dia 29 de julho. Na ocasião, o governo optou por alterar algumas regras do plano, com o intuito de simplificar o procedimento dos municípios, especialmente os que têm menos de 30 mil habitantes.

Pinho também comentou sobre os dados que são analisados pelo Estado para avaliar possíveis avanços ou retrocessos na flexibilização nas cidades.

"A gente verifica os indicadores: taxa de incidência (da doença), de ocupação de leitos, leitos livres por 100 mil habitantes, positividade dos exames laboratoriais, percentual do aumento de incidência, percentual do aumento da positividade (dos testes). Vamos monitorando alguns indicadores que nos mostram como a doença está hoje, como está nossa capacidade assistencial neste momento e outros indicadores que nos mostram a velocidade de avanço da doença".

Macrorregião Nordeste

O chefe de gabinete também avaliou a possibilidade de a macrorregião o Nordeste passar para a onda amarela, também nesta semana.

A região Nordeste pode passar a partir desta semana para a Onda Amarela, se os indicadores estiverem positivos nesse sentido.

Na semana passada não estavam, então a decisão foi pela vinculação à Onda Vermelha. Essa semana vamos continuar monitorando e casos esses indicadores fiquem em bons patamares, essa região também poderá ir para a Onda Amarela.

Covid-19 em Minas

O número de infectados pelo novo coronavírus em Minas chegou a 216.557 nesta segunda-feira (31), conforme informou a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Nas últimas 24 horas, o Estado confirmou 1.507 casos.

Do total de doentes, 5.335 não resistiram e perderam a vida. Foram nove óbitos entre domingo (30) e hoje. Atualmente, 31.471 vítimas são acompanhadas no Estado. Outras 179.751 estão recuperadas da doença.

O boletim epidemiológico revela que apenas 15 municípios não têm registros da enfermidade. Desde o início da pandemia, em março, 838 cidades tiveram notificações. Mortes ocorreram em 517 localidades.

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