Minas registra cinco casos confirmados de leishmaniose

Gabriela Sales
gsales@hojeemdia.com.br
26/01/2017 às 15:50.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:34
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

A Prefeitura de Lavras, no Sul de Minas, confirmou nesta quinta-feira (26) um caso de contaminação humana por leishmaniose. A vítima é residente do bairro Morada do Sol II e, após ser diagnosticada com a doença, passou por tratamento e já recebeu alta. Este é o quinto caso confirmado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) em Minas Gerais neste ano.

A pasta informou que em 2017 os municípios de Virgem da Lapa (1), Vespasiano (1), Belo Horizonte (1) e Conceição do Mato Dentro (1) registraram pacientes com o mesmo diagnóstico para a doença. No ano passado foram 490 casos confirmados de leishmaniose. Até o momento não há registro de mortes em decorrência de complicações devido à enfermidade.

Sul de Minas

A Secretaria Municipal de Saúde de Lavras informou que a mulher deu entrada em uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) apresentando problemas no fígado e outros sintomas característicos da doença.

Após a confirmação do contágio, a prefeitura realizou, através de um mutirão, exames em cães da rua onde o caso foi registrado. Entre as ações estão a realização de exames em cães de rua. Os animais positivos para os testes de leishmanionse estão sendo sacrificados no Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Lavras (Ufla).

Armadilhas para captura do mosquito palha foram espalhadas pela cidade para ajudar na identificação das regiões onde há maior incidência do inseto. A administração municipal informou que reunirá com a Promotoria de Defesa da Saúde do Ministério Público de Minas Gerais para articular medidas de prevenção na cidade.

Começa a doença

A leishmaniose é uma doença infeciosa causada por parasitas que contaminam os cães. A transmissão da doença para humanos é feita pela fêmea do mosquito Lutzomya, popularmente chamado mosquito palha, que pica o animal e, em seguida, a vítima. Quando diagnosticada a tempo, a doença é facilmente tratável pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, não existe um tratamento para cães infectados.

Os sintomas da doença são a febre irregular, falta de apetite, emagrecimento, fraqueza, barriga inchada causada pelo aumento do fígado e do baço.

Os cães infectados apresentam apatia, queda de pelos, emagrecimento, lesões de pele e crescimento anormal das unhas. Apesar dos sinais, existem casos de cães que podem ficar anos sem apresentar sintomas, sendo necessária a realização constante de exames clínicos.

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