(Renato Cobucci/Arquivo)
Minas Gerais registrou em julho um aumento de 3,8% no número de assassinatos em relação a junho deste ano. Balanço da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) mostra que de janeiro a julho deste ano foram 2.189 pessoas assassinadas, uma média de 10,3 homicídios por dia. No boletim sobre criminalidade, divulgado nesta sexta-feira (31), a Seds destaca uma redução de 4% no número de crimes violentos na Região Metropolitana de Belo Horizonte em julho em relação ao mês anterior. Homicídios Segundo o boletim, em julho ocorreram 3.293 ocorrências destes tipos de crimes, contra as 3.428 registradas no mês anterior. Nos 40 municípios da Grande BH ocorreram 1.008 assassinatos de janeiro a julho. A Secretaria de Estado de Defesa Social não informou o número de assassinatos na Grande BH em 2011, alegando mudança na metodologia. Em maio, foram 152 pessoas assassinadas, em junho 122 e no mês passado 123, segundo a Seds.
Em Belo Horizonte a tendência de aumento de homicídios registrada de janeiro a março começa a dar sinais de estabilidade. De janeiro a julho do ano passado foram 518 homicídios e no mesmo período deste ano este número passou para 521. Integração Segundo a Polícia Civil, neste mês de agosto foram 52 assassinatos até sexta-feira à tarde, contra 56 em agosto de 2011. A integração das polícias Civil e Militar e a divulgação dos nomes os presos foragidos mais perigosos de Minas são as explicações da Seds para justificar a queda. Os crimes violentos contra o patrimônio, que incluem as ocorrências de roubo consumado e extorsão mediante sequestro, também registram queda desde abril no estado. Em julho foram registradas 4.745 ocorrências contra as 4.844 registradas em junho, apresentando, portanto, uma redução de 2,04%. Na comparação com abril, a redução dos registros chega a 8,2%, passando das 5.170 ocorrências de abril para 4.745 de julho. “É importante que o Estado divulgue os números de assassinatos registrados neste ano e no ano anterior. Desta forma a Ordem dos Advogados do Brasil e outras entidades organizadas terão como cobrar mais do Governo de Minas”, defendeu o advogado Enir Lemos, especialista na área criminal.