Minas tem 33 casos confirmados de síndrome rara infantil ligada à Covid-19

Renata Galdino*
@renatagaldinoa
28/10/2020 às 18:36.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:54
 (Fernando Zhiminaicela/Pixabay/Divulgação)

(Fernando Zhiminaicela/Pixabay/Divulgação)

Minas Gerais confirmou, até esta terça-feira (27), 33 casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). A condição afeta crianças e adolescentes de 0 a 14 anos e a principal suspeita é que esteja associada à Covid-19. Das 74 notificações recebidas, 38 foram descartadas.

Os dados constam no boletim epidemiológico especial divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta terça. Desde que os números passaram a ser publicados, em 1º de setembro, a quantidade de diagnósticos positivos da síndrome subiu 200%. Na ocasião, eram 11 doentes.

Ainda segundo o levantamento, a maioria dos pacientes é do sexo masculino. A faixa etária mais atingida é a de 0 a 4 anos, com 51,5% dos diagnósticos. As crianças de 5 a 9 anos representam 42,4% dos casos.

Das notificações confirmadas, 85,8% não apresentavam comorbidades.

Distribuição dos casos

A doença foi registrada, até agora, em 18 cidades. Do total de 33 pacientes, 21 moram na Grande BH: 13 na capital, 3 em Contagem e o restante está distribuído em Betim, Pedro Leopoldo, Santa Luzia, Sarzedo e Vespasiano.

Também há crianças com a síndrome em Uberlândia (2). Com um caso estão as cidades de Araxá, Caldas, Ipatinga, Montes Claros, Nova Serrana, Oliveira, Santo Antônio do Monte, São Gotardo, Sete Lagoas e Ubá.

Evolução

A SIM-P provoca febre alta e duradoura, pressão baixa e manchas pelo corpo. 

Considerada rara, a síndrome desafia os médicos, que orientam aos pais procurarem socorro caso os filhos apresentem sintomas durante ou após o diagnóstico de Covid-19.

Ainda segundo boletim epidemiológico da SES, 7,5% dos 353.311 casos do novo coronavírus registrados em Minas Gerais são em pessoas de 0 a 19 anos.

Ao todo, até o momento, foram 8.872 mortes em decorrência da enfermidade. Das vítimas que perderam a batalha contra a Covid-19, 13 tinham até 9 anos. 

*Com Renata Evangelista

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