JUIZ DE FORA – Espécies da flora da Zona da Mata de Minas receberão um novo espaço de preservação no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Um viveiro de mudas e uma espécie de cofre para sementes fazem parte do projeto de implantação do jardim, que está em fase final de execução. O lugar vai ocupar 845 mil metros quadrados da Mata do Krambeck, um remanescente de Mata Atlântica na área urbana do município. “Nós vamos conseguir produzir mudas para que entidades públicas e privadas possam arborizar toda a região. E isso é extremamente importante para a recuperação da flora nativa da Zona da Mata”, avalia um dos responsáveis pelo Jardim Botânico, o professor Danilo Pimenta. É bastante emblemático o fato de o viveiro ser implantado em parte da Mata do Krambeck. Há mais de 70 anos, os 3,7 milhões de metros quadrados do remanescente eram cobertos por um cafezal. No entanto, no início do século 20, um processo de reflorestamento começou e hoje já é possível encontrar mais de 400 espécies no lugar, que é uma área de preservação ambiental (APA) desde 1993. Preservação Pesquisadores e botânicos da UFJF deverão encaminhar para o Jardim Botânico as espécies catalogadas na região. A intenção é manter as matrizes, principalmente daquelas ameaçadas de extinção. Danilo Pimenta informa que ainda não é possível definir a capacidade de produção do viveiro. No entanto, ele garante que serão realizados estudos para estabelecer a importância de cada espécie para a biodiversidade. Os estudos e a recomposição da flora do jardim deverão levar pelo menos 20 anos, de acordo com os cálculos do professor. “É um processo a longo prazo. Mas o importante é conseguir estabelecer diretrizes de reflorestamento”. Leia mais na http://hojeemdiardp2.digitalpages.com.br/html/reader/93/18974