Ministério da Defesa emite nota e justifica gastos com leite condensado e chicletes

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
28/01/2021 às 16:50.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:02
 (Marcelo Casal Jr/Agência Brasil )

(Marcelo Casal Jr/Agência Brasil )

O Ministério da Defesa emitiu uma nota, na noite dessa quarta-feira (27), para justificar o alto gasto com alimentos em 2020, como os R$ 15 milhões com leite condensado e R$ 2,2 milhões em chiclete.

Segundo a pasta, os alimentos foram usados para alimentar 370 mil homens e mulheres que “diariamente realizam suas refeições, em 1.600 organizações militares espalhadas por todo o País”, informando que as Forças Armadas devem, por lei, promover a alimentação aos militares em atividade.

No comunicado, o ministério defende que o leite condensado é um dos itens que compõe a alimentação “por seu potencial energético”, e que “eventualmente, pode ser usado em substituição ao leite”, ressaltando que a conservação do produto é superior ao do leite fresco, que demanda armazenamento e transporte protegido de altas temperaturas.

Sobre os chicletes, a pasta afirma que o produto “ajuda na higiene bucal das tropas, quando na impossibilidade de escovação apropriada, como também é utilizado para aliviar as variações de pressão durante a atividade aérea”.

A nota também informa que, desde 2017, o valor da etapa comum de alimentação é de R$9 por dia, por militar, e que com esses recursos são adquiridos os gêneros alimentícios necessários para as refeições diárias. “As Forças Armadas têm a responsabilidade de promover a saúde da tropa por meio de uma alimentação nutricionalmente balanceada, em quantidade e qualidade adequadas, composta por diferentes itens”, conclui.

Gastos

Os gastos alimentícios do ano passado somaram mais de R$ 1,8 bilhão. Destacam-se os R$ 15 milhões pagos em leite condensado, R$ 2,2 milhões em chicletes e R$ 32,7 milhões em pizza e refrigerante. Ao todo, o governo aumentou em 20% o valor na comparação com 2019.

Parlamentares formalizaram uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a abertura de investigação. O pedido, protocolado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES), alega que o aumento das despesas fere o princípio da moralidade administrativa. 

O deputado David Miranda (PSOL-RJ) e as deputadas Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Vivi Reis (PSOL-PA) registraram uma ação para que o procurador-geral da República, Augusto Aras, abra uma investigação.

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