Ministério da Saúde quer nova cara para camisinha

Agência Saúde
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18/07/2017 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:36
 (Mateus Pereira/GOVBA)

(Mateus Pereira/GOVBA)

BRASÍLIA – As camisinhas masculinas distribuídas gratuitamente pelo Ministério da Saúde terão nova embalagem até o fim deste ano. Nessa segunda-feira (17), a pasta, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), lançou um concurso público direcionado aos estudantes de design gráfico, desenho industrial, arquitetura e publicidade. O objetivo é escolher uma nova identidade visual para os preservativos. 

A premiação e o resultado estão previstos para acontecer durante o 11º Congresso Brasileiro de HIV/Aids e o 4º Congresso Brasileiro de Hepatites Virais, de 26 a 29 de setembro, em Curitiba (PR). O vencedor terá como prêmio um pacote de viagem de três dias com um acompanhante para um dos sítios do Patrimônio Histórico Cultural da Unesco no Brasil.

“Com esse concurso, pretendemos criar uma identidade mais moderna e atrativa para o público, a fim de renovar a imagem da camisinha masculina distribuída no Sistema Único de Saúde. A última vez que a embalagem foi modificada faz mais de dez anos”, afirmou Adele Benzaken, diretora do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV e Aids, do Ministério da Saúde.

As inscrições deverão ser feitas pelo site embalagemcamisinha.aids.gov.br até 7 de setembro.

Público-alvo

Incentivar o uso de preservativos, principalmente entre os jovens, tem sido foco de campanhas de prevenção, como a lançada no Carnaval deste ano. Dados do ministério apontam que essa é a faixa etária que menos usa camisinha. 

Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas indica queda no uso regular do preservativo entre os que têm de 15 a 24 anos, tanto com parceiros eventuais – de 58,4% em 2004 para 56,6%, em 2013 – como com parceiros fixos – queda de 38,8% em 2004 para 34,2% em 2013.

Casos

De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, atualmente a epidemia de Aids no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos a cada 100 mil habitantes, com cerca de 41,1 mil casos novos ao ano. 

O levantamento mais recente mostra que a Aids tem se concentrado, principalmente, entre populações vulneráveis e nos mais jovens. Destaca-se o aumento em jovens de 15 a 24 anos, sendo que, entre 2006 e 2015, a taxa entre aqueles com 15 e 19 anos mais que triplicou, passando de 2,4 para 6,9 casos a cada 100 mil habitantes. Entre os jovens de 20 a 24 anos, a taxa dobrou, passando de 15,9 para 33,1 casos a cada 100 mil habitantes.
 

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