Miquinho que morreu ao cair das costas da mãe ganha velório e enterro perto do IML; veja o vídeo

Juliana Baeta
16/09/2019 às 18:02.
Atualizado em 05/09/2021 às 21:47

Um minúsculo caixão de papelão, uma roupinha feita de máscara cirúrgica, uma pequena coroa de flores e a despedida triste de uma mãe. Assim foi o velório de um miquinho bebê que vivia com a família pelas árvores e fiação elétrica do bairro Gameleira, região Oeste de Belo Horizonte. Ele caiu das costas da mãe na última semana e acabou morrendo. A cena triste comoveu o funcionário de uma funerária perto do IML, que decidiu fazer o velório do animal.

Veja abaixo:

Embalsamador e tanatólogo, Wesley Eustáquio de Medeiros, de 43 anos, que também atende por "Lenda", conta o que o levou a dar um enterro digno para o miquinho. "Ele caiu umas quatro vezes da 'cacunda' da mãe, que estava em uma árvore. A última vez caiu em um concreto e morreu. Aí fiquei com dó de deixar ele lá, os gatos iam acabar comendo. A gente gosta destes bichinhos aqui, eles vêm comer pipoquinha na nossa mão, não fazem mal pra ninguém, ficam andando pelos fios, no muro. O espaço é para todos", explica.

Utilizando o seu conhecimento no manejo de corpos humanos, ele decidiu lapidar um caixãozinho de caixa de papelão e fazer uma roupinha para o bebê mico, usando uma máscara cirúrgica. "Arrumei as mãozinhas dele também pra mãe poder despedir. Dá pra ver que os parentes estão muito tristes, eles ficam inquietos, gritando, sentidos mesmo, sabe? A mãe dele fez até um carinho no caixão, os olhos dela estavam vermelhinhos, tadinha", relata. 

Até mesmo o local em que o animal foi enterrado ganhou um "nome de cemitério": Bosque das Bananeiras. "É um canto aqui da região que tem umas bananeiras, em que os parentes dele, os outros miquinhos gostam de ir de vez em quando. Aí chamei de Bosque das Bananeiras, e enterrei ele lá", conclui. 

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