Missionário espanhol carbonizado em Confins foi enganado por assassino

Hoje em Dia (*)
05/05/2014 às 14:25.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:26

O assassinato do missionário espanhol Jorge Rodriguez Marco, de 47 anos, foi esclarecido pela Polícia Civil (PC). O autor do crime, Henrique Gomes Tavares, de 27 anos, foi preso e apresentado pelo delegado Jonas Tomazi nesta segunda-feira (5). O crime ocorreu no dia 1º de setembro de 2011, em Confins, na Grande BH, e as investigações indicam que o estrangeiro foi morto ao descobrir que estava sendo enganado pelo assassino. O suspeito prometeu regularizar a situação do missionário no Brasil, mas, mesmo recebendo pelo serviço, não conseguiu renovar o visto da vítima.   Tavares foi indiciado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, estelionato e falsificação de documento público, cuja pena total pode chegar a 44 anos de prisão. Ele, que já tinha vários antecedentes criminais por estelionato e uso de documentos falsos, foi encaminhado ao Presídio de Vespasiano, também na Grande BH, e está à disposição da Justiça.   Segundo as investigações, o espanhol foi atirado em uma vala e teve fogo ateado ao seu corpo após marcar encontro com Tavares nas proximidades da rodoviária de Belo Horizonte. A vítima foi espancada, colocada dentro de um veículo e levada para Confins. Autor e vítima se tornaram amigos depois que o missionário conheceu algumas mulheres, se apaixonou por mais de uma e decidiu ficar no Brasil. O estrangeiro fez o primeiro contato com Tavares ao ser apresentado para a sogra, a mãe e amigos do suspeito. Se mostrando bastante prestativo, o detido ofereceu ajuda para renovar o visto de permanência no Brasil do religioso, que chegou ao Brasil em maio de 2010 com visto de permanência até agosto do mesmo ano, mas conseguiu renovar a permissão por mais três meses.   A identificação do corpo de Marco só foi feita por meio da realização de exame de DNA, já que seus documentos pessoais e demais pertences também foram destruídos pelas chamas. Após a identificação do espanhol, os policiais fizeram campanas, cruzaram  informações, interceptaram telefonemas, analisaram dados e documentos e recolheram provas periciais e depoimento de testemunhas.   Ainda conforme o delegado Jonas Tomazi, a Polícia Federal da Espanha e a Embaixada Espanhola, o Poder Judiciário e o Ministério Público tiveram participação ativa durante o desenrolar das investigações. A história de vida da vítima, também investigada a partir de sua identificação, permitiu à Polícia Civil esclarecer seu assassinato. O estrangeiro nasceu na Espanha em 1964 e veio ao Brasil para propagar a religião que praticava em seu país de origem. Mas, conhecidos do espanhol contaram para as autoridades que ele tinha interesse em conhecer pessoalmente uma mulher com quem ele se relacionava pela internet. (*Com informações da PC)  

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