Um verdadeiro mistério ronda a morte de um bebê de apenas 24 dias, no povoado de Aranhas, em Brumadinho, na Grande BH. O recém-nascido faleceu nesta sexta-feira (30) e o óbito foi constatado pelo médico plantonista do posto de saúde do distrito. A criança, um menino, foi levada à unidade de saúde pelos pais, que são separados, e chegou ao local suja de sangue no rosto. De acordo com a assessoria da Polícia Militar, o socorrista ligou para a polícia e comunicou que suspeitava que o bebê tivesse sido estrangulado. Assim, militares da 215ª Companhia do 48º Batalhão foram até ao posto e questionaram os pais do recém-nascido sobre o que teria acontecido com o filho deles. Segundo relatos da mãe aos policiais, por volta das 7h desta sexta, ela amamentou o filho, que dormiu em seguida. Instantes depois, o pai da criança teria batido na porta da residência da ex-mulher, que foi atender ao chamado. Porém, ainda segundo a mãe, assim que retornou ao quarto onde havia deixado o filho deitado em uma cama, se deparou com o bebê um pouco estranho e o travesseiro onde ele estava deitado sujo de sangue, assim como a sua boca. A mulher alegou ainda que, imediatamente, pediu ajuda para o ex, que pegou o filho no colo e ambos levaram a criança ao posto de saúde, onde já chegou sem vida. Apesar da suspeita de estrangulamento ter sido confirmada pela PM, o soldado Celso Santos Júnior, lotado na 215ª Companhia do 48º Batalhão, afirma que nenhum indício de crime foi localizado no cadáver do recém-nascido. "O médico não encontrou nenhum sinal ou marca no bebê que pudesse indicar que ele foi estrangulado ou algo assim". Conforme o soldado, com a falta de provas, os pais da criança não foram detidos e o corpo do bebê encaminhado de rabecão para o Instituto Médico-Legal (IML) de Betim, também na região metropolitana. "Eles estão bem nervosos e já foram para casa", diz Celso. Em contato com funcionários da Delegacia de Polícia Civil de Brumadinho, a reportagem do Hoje em Dia foi informada que a ocorrência ainda não foi entregue no distrito, cujo responsável é o delegado Daniel Moraes Cançado de Araújo. O policial está de folga nesta sexta e, ainda segundo funcionários, se o caso realmente for entregue ao delegado, provavelmente, um inquérito será aberto para apurar a morte do recém-nascido.