(Carlos Roberto)
Em 2002, a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) tinha uma frota de 1.080.578 veículos, incluindo carros, motos e caminhões. Em dezembro de 2011, ela passou para mais de 2,2 milhões, ou seja, mais que o dobro. Se mantida a tendência de crescimento verificada nos últimos dez anos, estima-se que, em 2020, a frota gire em torno de 4,8 milhões de automóveis.
Para definir investimentos, ações e políticas de mobilidade para a próxima década, com reflexos no transporte de pessoas e de mercadorias, o governo de Minas iniciou ontem a pesquisa Origem-Destino 2012. Segundo o secretário de Estado de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira, o principal objetivo é fazer um diagnóstico quantitativo que norteará estudos e modelagens de investimentos em infraestrutura e sistema de transporte na RMBH.
O secretário adverte que as obras de mobilidade que estão sendo feitas na capital, como nas avenidas Cristiano Machado e Antônio Carlos, serão insuficientes e não resolverão o problema da cidade.
O crescimento médio anual da frota da RMBH, entre 2002 e 2011, foi de 8,7%, enquanto a população cresceu apenas 1,1% de acordo com os censos feitos pelo IBGE em 2000 e 2010. “Temos que priorizar o transporte de massa de qualidade, como o metrô e o trem metropolitano”, disse Silveira. Ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), ele cobrou investimentos do governo federal.
A Prefeitura de Belo Horizonte informou que não iria se manifestar sobre o assunto.
Plano Metropolitano
De acordo com o diretor de Planejamento da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH), Adrian Machado Batista, a pesquisa vai mostrar a evolução da mobilidade, na última década, e será indispensável para que sejam feitas melhorias. “O Plano Metropolitano de Mobilidade da RMBH está previsto para ser iniciado em abril de 2013 e concluído em dezembro do mesmo ano”.
A pesquisa quer identificar os hábitos da população dos 34 municípios da RMBH. O levantamento vai indicar para onde as pessoas se deslocam, quando o fazem, o motivo do deslocamento e os meios de transporte escolhidos.
Também vai apontar onde as pessoas moram, a ocupação delas, idade e renda familiar. O estudo é resultado da parceria entre as secretarias de Estado de Gestão Metropolitana, de Transportes e Obras Públicas e a ARMBH.
Leia mais na http://hj.digitalpages.com.br/acesse.