Moradores acionam a Justiça para informar a não retirada das capivaras da Lagoa da Pampulha

Gabriela Sales
gsales@hojeemdia.com.br
08/11/2016 às 21:40.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:34
 (Wesley Rodrigues)

(Wesley Rodrigues)

Foi protocolado, nesta terça-feira (8), pela Associação Pró-Interesses do bairro Bandeirantes (APIBB), uma petição na Justiça que será encaminhada ao Tribunal Regional Federal (TRF), de Brasília. O objetivo, de acordo com a associação, é informar o não cumprimento da retirada das capivaras da lagoa da Pampulha. Os animais são hospedeiros do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa. No dia 4 de setembro, o menino Thales Martins Cruz, de 10 anos, morreu após ser contaminado pelo carrapato-estrela.

Há um mês, o TRF determinou que a administração municipal recolhesse e isolasse as capivaras da orla da lagoa e do Parque Ecológico. Na decisão, o prazo máximo para o cumprimento da ordem era até o dia 14 de outubro.

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Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte disse que não iniciou o manejo dos animais e alegou que a liminar do TRF não fixa prazo para a realização dos trabalhos. A administração municipal disse ainda que cumpre a decisão judicial. O comunicado explica que o Termo de Referência (documento para embasar o edital para a contratação da empresa que fará o isolamento das capivaras) já foi finalizado. O executivo ressalta ainda ter elaborado um outro Termo de Referência para embasar a licitação visando à contratação de uma empresa para combater os carrapatos presentes na região da Pampulha.

A Prefeitura informou ainda que “apesar de ter finalizado o texto para a contratação da empresa que fará o edital, ainda não há um prazo para que ele seja lançado”.

Desde 2014 a Prefeitura tenta retirar as capivaras da orla da Lagoa da Pampulha. Em setembro, 54 animais foram capturados e encaminhados para cativeiro no Parque Ecológico. Em 2015, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu que os animais fossem soltos.  

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