Moradores da Vila São Paulo, em Contagem, são treinados para riscos de enchente

Bruno Inácio
19/10/2019 às 10:31.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:18
 (Riva Moreira)

(Riva Moreira)

Moradores da Vila São Paulo, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, passaram por um simulado de enfrentamento a enchentes no período chuvoso. Na manhã deste sábado (19), 19 voluntários foram treinados sobre como proceder nas situações de perigo.

A ação aconteceu no ponto de encontro dos córregos Ferrugem e Arrudas, nas comunidades que ficam no entorno da avenida Tereza Cristina. Segundo a Defesa Civil de Contagem, cerca de 30 mil pessoas sofrem com as inundações na região - a mais impactada da cidade.

Além de serem cadastrados para receber os alertas da Defesa Civil, os moradores foram instruídos a se comunicar por meio de rádios fornecidos pelo órgão e a fechar as vias que dão acesso à Tereza Cristina. A ideia é que os moradores se protejam em casa, ao mesmo que os motoristas sejam alertados para não serem pegos de surpresa com o transbordamento dos córregos.Riva Moreira

Moradores que se voluntariaram para participar da ação receberam equipamentos, com cones e apitos, para alertar os vizinhos em caso de chuva forte com chance de enchente

A dona de casa Márcia Gomes da Costa, de 50 anos, mora há 22 anos no bairro e já acompanhou diversas ocorrências de enchente com os vizinhos. Na opinião dela, o treinamento pode ajudar a salvar vidas.

“Naquela enchente da virada de 2008 para 2009, a gente tentou parar os carros aqui antes de entrarem na avenida. Em um deles, estava a senhora que morreu na enxurrada”, relembra.

Operação

Agora, Márcia e os vizinhos dela possuem equipamentos para auxiliar no fechamento das vias. Cones, coletes, apitos e sinalizadores foram disponibilizados pela prefeitura.

Quando chega o período chuvoso, a dona de casa distribui as ferramentas entre outros 18 voluntários, que ficam prontos para agir em caso de chuvas fortes ou sinal da Defesa Civil.

Coordenador da Defesa Civil de BH, o coronel Waldyr Figueiredo explicou que as ações começam antes mesmo da inundação, e que as vias são liberadas após o sinal da Central de Operações (COP-BH).

“A antecipação da situação de risco é fundamental quando nós lidamos com fenômenos da natureza. É muito importante que as pessoas entendam que mesmo que a rua não esteja alagada, o monitoramento meteorológico que é feito é que indica a possibilidade de inundação iminente”, detalhou.

Em Belo Horizonte, há 45 núcleos de alerta de chuvas como esse. Nove deles passarão por reciclagem este ano. Na Vilarinho já houve. Os próximos serão na avenida Francisco Sá, na rua Joaquim Murtinho e na avenida Sebastião de Brito.

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