Morreu nesta quarta-feira (13), em Belo Horizonte, a professora, desenhista e ilustradora Sara Ávila. O corpo da artista, de 80 anos, será sepultado nesta quinta-feira (14), às 11 horas, no Cemitério do Bonfim (Rua do Bonfim, 1120).  Sara era natural de Nova Lima e deixa o marido e cinco filhos. Ex-aluna de Guignard e de Franz Weissmann, a artista plástica lutava há alguns meses contra um linfoma, conforme informou a família. "Ela ainda dava aula uma vez por semana, em Nova Lima. Em casa, ainda criava. Temos trabalhos inéditos dela", diz o engenheiro Geraldo Dirceu de Oliveira, viúvo da artista, com quem ela foi casada durante 58 anos.   Entre os anos 1996 e 2000, Sara dirigiu a Escola Guignard/UEMG, onde lecionava desde 1964. “Foi a nossa grande mestra. Uma professora maior. Ela tinha respeito pelo tempo que cada um tinha para se perceber e se conhecer”, afirma a atual diretora da instituição, Ana Cristina Brandão.    O vice-diretor da Escola, Carlos Wolney, foi aluno de Sara e diz que ela foi responsável pela criação da disciplina “Criatividade”. "Participei dessas aulas, cujo objetivo era dar liberdade de expressão aos participantes. Era um momento de desinibição total", recorda.   Carreira internacional   Contemporâneo de Sara Ávila e também ex-aluno de Guignard, o artista plástico e jornalista Jarbas Juarez, 77 anos, ressalta a representatividade internacional que a colega, versada no “abstrato”, conquistou a partir dos anos 1960.    Jarbas cita, a entrada da artista no Grupo Austral, vinculado ao Movimento Phases, de Paris. Desde 1950, o Phases reunia escritores e artistas ligados ao surrealismo e à abstração lírica.   Últimos frutos dessa fama internacional estão em exposições da artista organizadas em Portugal e no Chile. “Foi uma perda grande para Minas Gerais, que, daquela época, temos poucas artistas da ala feminina”, afirma Juarez. 

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