Morre empresário envolvido na troca de tiros entre policiais de MG e SP

Cinthya Oliveira*
cioliveira@hojeemdia.com.br
25/10/2018 às 13:57.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:25
 (TV Globo/Reprodução/Montagem)

(TV Globo/Reprodução/Montagem)

Morreu na manhã desta quinta-feira (25) o empresário Jerônimo da Silva Leal Júnior, de 42 anos, que se feriu na troca de tiros entre policiais de Minas Gerais e São Paulo, em Juiz de Fora, na última sexta-feira (19). Ele é a segunda vítima do tiroteio. Um policial civil mineiro morreu no local do crime.

Jerônimo era o dono da empresa de segurança que fazia escolta para um empresário de São Paulo que veio a Juiz de Fora para uma transação financeira. Ele estava internado, desde sexta, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Monte Sinai, que abriga o estacionamento onde o tiroteio aconteceu.

Mesmo inconsciente, Jerônimo vinha sendo escoltado no hospital por ser o principal suspeito de matar o policial mineiro. Seu advogado havia entrado, nesta quarta (24), com pedido de habeas corpus liberatório e de autorização para transferi-lo para um hospital de São Paulo.

Entenda o caso

De acordo com a Polícia Civil de Minas, um empresário paulista seguiu de helicóptero para Juiz de Fora, onde trocaria dólares por reais com um empresário mineiro. Para fazer a transação, ambos contrataram seguranças "vips". O paulista estava escoltado por nove seguranças, sendo oito policiais de São Paulo. Já o mineiro estava recebendo a proteção de policiais civis de Minas.

Durante a transação, porém, alguém constatou que parte do dinheiro era falsa, momento em que teria iniciado o tiroteio. Com os envolvidos foram encontrados R$ 15 milhões, sendo que R$ 14 milhões eram em notas falsas.

O empresário paulista deixou a cena do crime em uma aeronave particular com destino a São Paulo. Dias depois ele se apresentou à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo e negou que estivesse fazendo uma transação ilegal.

A Polícia Civil de Minas Gerais aguarda resultado da perícia para saber de quais armas partiram as balas trocadas no tiroteio. De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, o inquérito policial sobre o caso ficou nas mãos da corregedoria, que desde o início já apurava a conduta dos profissionais envolvidos na troca de tiros. 

* Com Renata Evangelista

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