Morre vítima de acidente na BR-381 que teve 90% do corpo queimado

Rosildo Mendes - Do Hoje em Dia
17/07/2012 às 09:12.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:37

Morreu na madrugada desta terça-feira (17) o motorista Wilson Domingos Dias, de 58 anos, que estava internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), em Belo Horizonte. Ele teve 90% do corpo queimado depois que uma carga de ácido sulfúrico do caminhão onde estava tombar na BR-381, em Nova Era, na região Central Minas Gerais.

A outra vítima, o policial civil Sérgio Vinícius Torres Pinto, continua internada no Hospital São José, na cidade onde aconteceu o acidente, com queimaduras no pescoço, cabeça e braços e seu estado de saúde é estável. Ainda segundo o hospital, ele não corre risco de morte.

Por causa do acidente, as pitas no sentido Belo Horizonte e Governador Valadares só foram liberadas 11 horas após o tombamento. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a carga de 22 mil litros do ácido sulfúrico teria contaminado o Rio Piracicaba.

Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) da carga de 22 mil litros, calcula-se que entre 15 e 20 mil litros tenham atingido o rio Piracicaba. "Parte do ácido foi absorvido pelo solo. Muitos moradores já entraram em contato com as autoridades ambientais reclamando do mau cheiro vindo dos bueiros, devido à queda do material tóxico no curso d'água", afirmou o órgão.

A cidade de Antônio Dias, que fica a 20 km do ponto do acidente, no Vale do Rio Doce, teve a captação de água do rio interrompida. Conforme a Semad, o reservatório de água do município, que tem cerca de 11 mil habitantes, deve aguentar por mais dois ou três dias. A expctetiva é que o produto já tenha diluído e não prejudique a qualidade da água.

O rio Piracicaba é um dos afluentes da bacia do Rio Doce, mas de acordo com o funcionário da Semad, não há risco de que ele seja atingido. A cidade mais próxima abastecida pelo curso d'água é Ipatinga, no Vale do Rio Doce.

De acordo com a Semad, a prefeitura de Antônio Dias foi orientada a alertar a população a não se aproximar do leito do rio. Carros de som foram usados para fazer a comunicação aos moradores da cidade.

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