Motorista que matou criança passa o Natal na cadeia

Alessandra Mendes - Do Hoje em Dia
24/12/2012 às 15:27.
Atualizado em 21/11/2021 às 20:01
 (Renato Cobucci/ Arquivo Hoje em Dia/ 24-12-2012)

(Renato Cobucci/ Arquivo Hoje em Dia/ 24-12-2012)

Depois de atropelar e matar uma menina de 2 anos no início da noite de domingo no bairro Serrano, região Norte da capital, o motorista responsável peela tragédia vai passar o Natal na cadeia. Lucas Alexandre Dias Pelli, de 18 anos, que estava com sintomas de embriaguez, foi autuado em flagrante por homicídio com dolo eventual, aplicado quando a pessoa assume o risco de matar.

A mãe da menina, Marta Priscila Dias Camilo, de 25 anos, voltava com a filha da farmácia, quando foi atingida pelo carro na calçada. Ela quebrou a perna e teve um corte na cabeça, já Anna Victorya dos Santos Dias morreu no local. Os vizinhos ficaram revoltados com o motorista, que teria tentado fugir após o acidente.

O pai de Anna Victorya foi um dos que ajudou a impedir a fuga do condutor. “Ela era a única coisa de valor que eu tinha na vida. Ia comprar seu presente hoje, agora não consigo nem olhar para a árvore de Natal que ela ajudou a montar”, contou Tiago Antônio dos Santos, bastante emocionado. Ele tentou socorrer a filha após o acidente, mas a criança já estava morta. “Ela foi esmagada, parecia uma caixa de fósforo. Tudo por causa de uma imprudência”, afirmou o pai.

Na caçada

Segundo relato de testemunhas, Lucas Pelli estava fazendo manobras arriscadas na rua, quando perdeu o controle e subiu no passeio. “Recebemos a informação de que ele estava dando ‘cavalo de pau’. Ele negou e disse que as vítimas teriam atravessado a rua sem olhar, por isso houve o acidente”, informou a delegada de plantão do Detran, Rosângela Tulher. “Mas todas as testemunhas confirmam que elas estavam na calçada”.

O motorista, habilitado há apenas seis meses, se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas fez exame de sangue no Instituto Médico-Legal. O laudo que vai determinar se Lucas havia ingerido álcool ou drogas deve sair em até dez dias. “Ele falou que havia bebido apenas uma cerveja na casa de um amigo, mas suspeitamos que tenha sido muito mais”, alegou a delegada. 
 

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