Motorista que matou jovem atropelada é uma "ameaça" nas ruas

Gabi Santos e Renato Fonseca - Hoje em Dia
03/05/2013 às 06:41.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:21

Após beber, dirigir, atropelar e matar uma mulher de 22 anos, o técnico em telefonia Alan Ribeiro Vieira, de 35 anos, será indiciado por homicídio com dolo eventual – quando a pessoa assume o risco de cometer o crime. O desastre aconteceu na manhã de quinta-feira (2), no bairro Aeroporto, zona Norte de Belo Horizonte.

Embriagado, o motorista perdeu o controle do carro, subiu no passeio e atingiu a atendente Fernanda Francisca Alves Pereira dos Santos, que morreu na hora.

O caso ilustra a falta de respeito em relação à Lei Seca. Somente entre o feriado de quarta-feira e ontem, 15 condutores foram presos em flagrante por beber e assumir o volante na capital.

Para a polícia, Alan Ribeiro Vieira é uma “ameaça” ao trânsito, pois tem o costume de dirigir embriagado. Ele responde a um processo administrativo no Detran, por acumular 27 pontos na carteira de habilitação. São seis multas, quatro delas por excesso de velocidade.

“Familiares do motorista nos disseram que ele tem o hábito de beber a noite toda e depois dirigir”, disse o delegado Ramon Sandoli, coordenador de operações policiais do Detran.

Até as 19h30, Vieira, que foi preso em flagrante, ainda estava internado no Hospital Risoleta Neves, sob escolta policial. O motorista sofreu um ferimento na cabeça. Quando receber alta, prestará depoimento e será levado ao Ceresp.

O acidente

O atropelamento aconteceu às 6h20. O desastre poderia ser ainda pior, mas a vítima, a atendente de confeitaria Fernanda dos Santos, de 22 anos, empurrou o marido, Igor Paulo Santos Silva, de 23 anos, ao pressentir o desastre. Ela foi atingida em cheio, e o rapaz caiu em uma vala, ferindo-se levemente.

O soldado Thiago Lemes, do Batalhão de Trânsito, foi o primeiro a chegar ao local. O motorista não foi submetido ao teste do bafômetro, pois a primeira medida foi levá-lo ao hospital por conta do ferimento na cabeça. Porém, o depoimento do PM vale como prova testemunhal. “Ele não conseguia falar direito e estava confuso. Além disso, o hálito denunciava que ele havia bebido muito”, afirmou Lemes. Uma garrafa de uísque vazia e dois copos foram achados no carro.

De acordo com testemunhas, o veículo, que estava em alta velocidade, ficou desgovernado e subiu no passeio, atingindo a mulher. Pessoas que estavam em um ponto de ônibus tentaram, sem sucesso, socorrer Fernanda.

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