Buzinas, motoristas revoltados, pedestres impacientes e pontos de ônibus lotados. Esse foi o cenário de mais uma novela de protestos realizados no centro de Belo Horizonte, na tarde desta segunda-feira (10). Mais de 2 mil policiais civis participaram de um movimento de greve, conforme decisão tomada em assembleia, na manhã desta segunda. A avenida Afonso Pena, na Praça 7, onde foram queimados quatro caixões, ficou completamente interditada por quase uma hora. O movimento acabou afetando o trânsito no hipercentro da capital. Segundo a Central de Monitoramento da BHTrans, as avenida do, Amazonas, Andradas, Cristiano Machado, Contorno, Praça Raul Soares e o Complexo da Lagoinha ficaram com o trânsito praticamente parado das 15h37 às 16h43, no sentido centro. O reflexo do caos no trânsito se estendeu até a noite desta segunda-feira. A Secretaria Municipal de Saúde, informou que o caos no trânsito durantes as manifestações no centro de BH, pode prejudicar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Por sorte durante esse protesto não houve nenhuma chamada.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol) Antônio Marcos Pereira, anunciou que a categoria reclama por melhores condições de trabalho. Ele destaca que a paralisação pode afetar os serviços burocráticos no Detran, no Instituto Médico-Legal (IML) e outros setores essenciais da corporação. E nota, a Polícia Civil informou que nos próximos dias o governo vai anunciar o calendário para a realização de um concurso público para carreira de investigador. Atualmente, está em andamento um concurso público para 1497 vagas, sendo 121 para médicos legistas, 95 peritos criminais, 415 servidores para o cargo de analista e 866 para técnico assistente. O documento ainda afirma que o trabalho da PC em praticamente todo o Estado foi normal. Em apenas nove cidades foi registrado o atendimento de 30% nas delegacias. São elas, Contagem, Betim, Brasília de Minas, São Francisco, Montalvânia, São Lourenço, Passos, São Sebastião do Paraíso e Inhapim.