Movimentos organizam novo protesto contra reajuste de tarifas de ônibus

Sara Lira - Hoje em Dia
13/08/2015 às 12:15.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:20
 (Ricardo Bastos)

(Ricardo Bastos)

O uso da força da Polícia Militar contra os manifestantes durante ato contra o aumento das tarifas em Belo Horizonte na noite desta quarta-feira (12), não desanimou os participantes do movimento. Nesta sexta-feira (14), um novo protesto está marcado para acontecer também na Praça Sete, a partir das 17h. No evento, organizado por meio do facebook, 1900 pessoas já haviam confirmado presença (até às 12h20 desta quinta).

Com a hashtag #Sexta-FeiraVaiSerMaior, eles prometem mais força ao movimento no segundo dia de protesto. “3,40 é um roubo! A repressão da PM tentou nos parar brutalmente mas vamos voltar as ruas! Você vai deixar eles te roubarem mais uma vez? Não ao aumento!”, escreveram na descrição do evento.

Violência

O protesto desta quarta-feira foi marcado pelo uso da força da Polícia Militar contra os manifestantes. Ao menos 62 pessoas foram detidas e várias ficaram feridas após os militares avançarem contra os participantes do ato, que começou de forma pacífica.

Eles foram liberados no decorrer da madrugada desta quinta e, conforme a PM, houve acordo entre o comandante da corporação, os deputados Rogério Corrêa e Nilmário Miranda e o delegado de Plantão da Central de Flagrantes (Ceflan) para a liberação, uma vez que a delegacia não teria estrutura para receber os detidos.

A Defensoria Pública de Minas Gerais informou que também disponibilizou defensores das áreas criminal e de Direitos Humanos, acompanhados da assessoria militar da Defensoria Pública-Geral, para resguardar direitos e garantias dos manifestantes.

“Os detidos responderão a processo em liberdade, uma vez que se trata de suposta prática de crimes de menor potencial ofensivo, sendo orientados a procurarem a Defensoria Pública para prosseguimento de suas defesas”, informou o órgão, por meio de nota.

Desde quando surgiram rumores sobre o aumento das tarifas, a Defensoria Pública atua no sentido de impedir o reajuste considerado fora de época pela pasta. O órgão instaurou uma Ação Civil Pública pedindo a suspensão do aumento e também a realizaçãode uma auditoria fiscal, contábil e econômico-financeira pela Prefeitura da Capital nas contas do transporte público da Capital.

Assembleia

Nesta quinta-feira (13) integrantes dos movimentos Tarifa Zero BH, Movimento Passe Livre e Resiste Izidoro realizam uma reunião para debater os rumos do movimentos. Eles pretendem reunir as reivindicações nesta sexta – contra o aumento da tarifa e também contra despejo das ocupações Rosa Leao, Esperança e Vitoria.

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