Movimentos sociais fazem clamor contra violência à mulher na Afonso Pena

Milson Veloso e Ana Clara Otoni - Hoje em Dia
08/03/2013 às 16:56.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:43
 (Milson Veloso)

(Milson Veloso)

“Não devemos fazer de hoje um dia para ganhar flores, mas para denunciar as desigualdades”. Esse é o clamor de Vânia Maria de Oliveira, uma das manifestantes que ocuparam a avenida Afonso Pena, neste 8 de março, Dia Internacional das Mulheres. Duas faixas da via, no sentido Mangabeiras, foram fechadas para o protesto que reúne diversos movimentos sociais e pede o fim da violência contra a mulher.

Vânia, coordenadora estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), diz que a luta é de vários movimentos que pretendem chamar a atenção da sociedade para os problemas das mulheres. Na zona rural, a situação é preocupante, segundo ela. “A violência no campo é ainda mais invisível, pois muitas vezes não chega ao conhecimento da população”, alertou.

Protesto foi organizado por diferentes movimentos sociais na avenida Afonso Pena (Foto: Milson Veloso/Hoje em Dia)

Desde às 13h30, os manifestantes, em sua maioria formada por mulheres, saíram das praças de Belo Horizonte e se reuniram na sede do Palácio da Justiça. As praças da Assembleia, no Lourdes, a praça Duque de Caxias, no bairro Santa Tereza, e praça Raul Soares, no Barro Preto, foram ponto de encontro para o manifesto. Representantes dos movimentos estudantis, trabalhadores sem terra, atingidos por barragens, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), bairros, vilas e favelas, sindicalistas e estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) compunham a marcha com bandeiras, faixas e cartazes. Na Praça da Estação, cerca de 400 pessoas também fazem apelos contra a violência à mulher. No quarteirão fechado da rua Rio de Janeiro, próximo à Praça 7, também há manifestantes de outros movimentos sociais.  

Trânsito e segurança

Os motoristas que puderem devem evitar a região central de Belo Horizonte nesta sexta-feira (8), principalmente, no entorno da Praça 7. Isso porque a programação do movimento é fazer uma ampla concentração na principal praça da capital mineira no final do dia. A Polícia Militar, Guarda Municipal e agentes da BHTrans estão atuando no local para dar fluidez no tráfego de veículos, embora a situação registrada seja de lentidão e congestionamento para quem segue para o Mangabeiras. De acordo com o major Augusto Xavier, da Polícia Militar, não foram registradas ocorrências durante o protesto. “A manifestação está tranquila. Estamos trabalhando para garantir a ordem e evitar transtornos”, afirmou.

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